quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

80 ANOS DE OSCARES

Uma fabulosa colecção com todos os cartazes dos vencedores do prémio para Melhor Filme.
Do primeiro:

Mais sobre Wings no Queer Lisboa

Ao último:Passando pelos grandes clássicos:



Amantes de cinema, vejam aqui e deliciem-se.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

ALIX

Foi na velhinha Revista Tintin que conheci a série Alix.
O herói desta banda desenhada é um jovem romano de origens gaulesas, que, com Enak, seu servo e melhor amigo, correm todo o mundo antigo em busca de aventura.


Em Alix há muita aventura, e a ficção está constantemente aliada aos factos históricos da antiguidade. No entanto não foi isso que mais me atraiu nesta série. Como poderão facilmente depreender, foi o clima sensual sensual e homoerótico que rodeava a relação nunca assumida mas sempre subentendida entre Alix e Enak. Achava bonito e misterioso aquele amor fraternal e algo platónico entre os dois rapazes.

Os corpos jovens, semi nús e quantas vezes amarrados a um poste(qual S. Sebastião sem flechas) davam o toque picante e algo fetichista que tanta vezes me encantava.

Além das excelentes aventuras e de algum conhecimento histórico, também procurava algumas emoções sensuais nas aventuras de Alix e Enak. Os outros putos liam a Playboy ou a Gina que roubavam ao irmão mais velho, eu não lhes achava piada. Preferia entreter-me com estes dois lindíssimos jovens da antiguidade. Acho que fiquei muito mais bem servido.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

FREEHELD


Este ano não houve Ellen DeGeneres nem Melissa Etheridge aos beijos à sua companheira. No entanto a mensagem anti-homofóbica também se fez ouvir.

Freeheld - Melhor curta metragem documental.
A detective Laurel Hester, da polícia de Nova Jérsia, passoou 25 anos a lutar contra o crime e a trabalhar em prol da comunidade.
Quando lhe é diagnosticado um cancro em fase terminal vai se ver perante a maior batalha da sua vida, lutar contra o preconceito da sociedade para que, Stacie, a sua companheira, possa usufruir de uma pensão após a sua morte. Uma coisa simples e banal para qualquer casal heterossexual.


A realizadora Cynthia Wade:
«Thank you. It was Lieutenant Laurel Hester's dying wish that her fight for, against discrimination would make a difference for all the same sex couples across the country that face discrimination every day. Discrimination that I don't face as a married woman. Sheila Nevins and HBO for making this film have a broadcast and a home on Cinemax later this year. To my husband Matthew Syrett, who took care of our children and held down a full-time job so that we could make this film. And to our incredible team in New York, thank you so much.»

AND THE WINNER IS..

Daniel Day-Lewis coroado pela raínha Helen Mirren

Na grande noite dos irmãos Coen, houve um vencedor inesperado, "Bourne Ultimatum", que venceu as três estatuetas para que estava nomeado.
No entanto a única surpresa da noite foi na categoria de melhor actriz secundária. Quando tudo apontava para Cate Blanchet, foi Tilda Swinton a arrebatar o prémio pela sua participação em "Michael Clayton".

Nas minhas previsões errei quatro e acertei três, foi mauzinho. apesar de ser o meu favorito, pensei que "No Country for Old Men" seria demasiado violento para os gostos da Academia, que geralmente gosta deste tipo de épicos como "Haverá Sangue".

A luta para melhor actor era renhida mas o prémio ficou muito bem entregue ao fabuloso Daniel Day-Lewis, lembram-se de "A Minha Bela Lavandaria" ou "O Meu Pé esquerdo"?

Marion Coutillard, roubou a estatueta a Julie Christie.
Para mim não foi surpresa, ela encarnou maravilhosamente a figura de Edith Piaf.

Mas os grandes vencedores foram os irmãos Coen que subiram ao palco três vezes para agradecer os troféus para: Melhor Filme, Realização e Argumento Adaptado.

O espanhol Javier Bardem, fabuloso em "No Country for Old Men" ganhou sem surpresa a estatueta para melhor secundário.

A noite do 80º aniversário pouco teve de memorável. Jon Stewart, o anfitrião, inspirou-se nas primárias americanas para as suas melhores piadas. Além disso foi bastante discreto e políticamente correcto.
Para terminar queria só lamentar algumas ausências desta cerimónia:
"O Lado Selvagem" é, para mim a grande ausência entre os nomeados. Melhor canção, melhor actor ou melhor filme seriam nomeações mais que justas. Nas nomeações ficou-se pelo melhor secundário; o veterano Hal Holbrook tinha uma das mais comoventes interpretações do ano, mas a concorrência de Bardem era de peso.
Faltou também "Conspiração, Sedução", de Ang-Le, na corrida para melhor filme em língua estrangeira.

Para o ano há mais...

Aqui: Tudo sobre a noite dos Oscares

CUBA Y LA NOCHE


Dos patrias tengo yo: Cuba y la noche,
sumidas ambas en un solo abismo.
Cuba o la noche (porque son lo mismo)
me otorgan siempre el mismo reproche:

"En el extranjero, de espectros fantoche,
hasta tu propio espanto es un espejismo,
rueda extraviada de un extraño coche
que se precipita en un cataclismo

donde respirar es en sí un derroche,
el sol no se enciende y sería cinismo
que el tiempo vivieras para la hermosura".

Si ésa es la patria (la patria, la noche)
que nos han legado siglos de egoísmo,
yo otra patria espero, la de mi locura.

Reinaldo Arenas, Nova Iorque, 1986
Imagem: Javier Bardem, "Antes que anoiteça",
Julian Schnabel (2000)

sábado, 23 de fevereiro de 2008

A CIDADE




A cidade é um chão de palavras pisadas
a palavra criança a palavra segredo.
A cidade é um céu de palavras paradas
a palavra distância e a palavra medo.

A cidade é um saco um pulmão que respira
pela palavra água pela palavra brisa
A cidade é um poro um corpo que transpira
pela palavra sangue pela palavra ira.

A cidade tem praças de palavras abertas
como estátuas mandadas apear.
A cidade tem ruas de palavras desertas
como jardins mandados arrancar.

A palavra sarcasmo é uma rosa rubra.
A palavra silêncio é uma rosa chá.
Não há céu de palavras que a cidade não cubra
não há rua de sons que a palavra não corra
à procura da sombra de uma luz que não há.

José Afonso (02.08.1929-23.02.1987)


Como já tinha homenageado o Zeca por outras paragens não me quis repetir. Acontece que encontrei por aí este poema e não resisti, é um dos meus preferidos do Zeca.
Foto: Pode não ser grande coisa mas é minha.

ÓSCARES 2008

Com a cerimónia mesmo aí à porta aqui ficam as minhas previsões para a grande noite do cinema americano.

Melhor Actor: Daniel Day-Lewis - Haverá Sangue

George Clooney - Michael Clayton
Johnny Deep - Sweeney Todd
Tommy Lee Jones - No Vale de Elah
Viggo Mortensen - Promessas Perigosas

Melhor Actor Secundário:

Javier Barden - No Country for Old Men

Casey Affleck - O Assassinato de Jesse James
Philip Seymour Hoffman - Jogos de Poder
Hal Holbrok - O Lado Selvagem
Tom Wilkinson - Michael Clayton

Melhor Actriz: Marion Coutillard - La Vie en Rose

Cate Blanchett - Elizabeth II
Julie Christie - Longe Dela
Laura Linney - The Savages
Ellen Page - Juno

Melhor Actriz Secundária: Cate Blanchet - I'm Not There

Ruby Dee - Gangster Americano
Saoirse Ronan - Expiação
Amy Ryan - Gone Baby Gone
Tilda Swinton - Michael Clayton

Melhor Filme de Animação: Persépolis

Ratatui
Surfs Up

Realização: Paul Thomas Anderson - Haverá Sangue

Julian Schnabel - O Escafandro e a Borboleta
Jason Reitman - Juno
Tony Gilroy - Michael Clayton
Joel e Ethan Coen - No Country For Old Men

Melhor Filme: Haverá Sangue

Expiação
Juno
Michael Clayton
No Country for Old Men
Haverá Sangue

Nem sempre as minhas apostas coincidem com os meus preferidos. Neste caso assinalei a laranja os que eu teria escolhido.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

UM HOMEM NUNCA CHORA


Acreditava naquela historia
do homem que nunca chora.

Eu julgava-me um homem.

Na adolescência
meus filmes de aventuras
punham-me muito longe de ser cobarde
na arrogante criancice do herói de ferro.

Agora tremo.
E agora choro.

Como um homem treme.
Como chora um homem!

José João Craveirinha, poeta moçambicano (1922-2003)
Imagem: J.P. Sousa

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

ATÉ A PLACA ABANA!


Ainda a propósito da adopção em Israel, os judeus ortodoxos não perderam tempo e já passaram ao contra-ataque.

Segundo um deputado ortodoxo do Knesset, parece que os homossexuais são os responsáveis pela vaga de sismos que tem assolado o país:

«"O Talmud nos ensina que uma das causas dos terremotos é a homossexualidade", disse Shlomo Benizri, um dos 12 deputados do partido Shass, referindo-se ao livro que reúne a tradição oral religiosa judaica.

O Knesset legalizou a homossexualidade em 1988 e nos anos seguintes diversas leis passaram a reconhecer os direitos dos homossexuais."Deus disse que sacudiria o mundo para despertar-vos se manipularem vossos genitais onde não tenham que fazê-lo", afirmou Benizri em uma comissão parlamentar que estuda medidas para proteger o país dos tremores.»

Extraido de: Portugal Gay

Imaginem meus amigos a festa que não seria em 1755, até as placas abanaram.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

MELHOR FILME DE 2007

A cerimónia dos Oscares está aí mesmo à porta por isso decidi colocar aqui esta sondagem.
Qual a vossa escolha para o Oscar de melhor filme de 2007?











"Michael Clayton" e "Juno" estreiam esta quinta-feira em Portugal. "No Country for old men" só estreia no dia 28 de Fevereiro, já após a noite dos Oscares.
Penso que ganhará "Haverá sangue" ou "Expiação" mas o meu preferido é o "No Country for old men". É verdade já cá o tenho em DVD pirata(não digam à ASAE) mas juro que ainda não o vi. Estou-me a aguentar porque quero vê-lo primeiro num grande ecrã que é como deve ser.

MANN GEGEN MANN

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

CASAMENTO

Dia 13 de Fevereiro de 2004, um dia histórico para a cidade de S. Francisco. Cerca de 90 casais homossexuais deram o nó nesse dia.
Das várias fotografias, adorei esta que acho tão ternurenta.

domingo, 17 de fevereiro de 2008

MADAME BUTTERFLY

A música maravilhosa de Puccini em dois magníficos vídeos inspirados por umas das suas mais belas obras: Madame Butterfly.



AS MINHAS MÚSICAS

A Wind passou-me este desafio músical. Como é terreno onde eu me sinto à vontade não hesitei em aceitar o desafio. A idéia é recordar as músicas que me fizeram "abanar o capacete" durante a minha juventude. Mais do que "abanar o capacete" aqui ficam algumas das que mais me tocaram:

A década de 80 foi a que me acompanhou dos 10 aos 20 anos e quase todas as minhas escolhas são dessa altura.
Sempre ouvi muita música, dos mais variados géneros mas pela juventude os meus sons preferidos eram o heavy metal, o punk e o rock mais alternativo que alguns chamavam de vanguarda.

Sérgio Godinho, "Canto da Boca", 1980

Um dos primeiros a bater forte foi este senhor que em 1980 lançou este disco chamado "Canto da Boca" e que contém algumas das suas melhores músicas. Ainda hoje o Sérgio é para mim o melhor músico e compositor português.

Duran Duran, "Rio", 1982

Este foi um dos maiores êxitos dos anos 80. Os Duran Duran marcaram muito a minha pré-adolescência, era mesmo doido por eles. O mesmo não aconteceu aos seus derivados: Wham, Modern Talking, ou mais recentemente os Take That, que passava muito bem sem os ouvir.

Motörhead, "Ace of Spades, 1980

Com os quinze anos veio a fase heavy metal e estes senhores apadrinharam a minha estreia no velhinho Dramático de Cascais. Para mim ainda são uma das maiores bandas da história do rock.


The Clash "London Calling", 1979

Nos anos 80 não havia sítio onde não se dançasse ao som de "Should I Stay or Shoul I Go". Enjoei essa música mas os Clash serão sempre os Clash.

The Pixies, "Surfer Rosa", 1988

O rock alternativo também fez as minhas delícias; Siouxie, Joy Division, Cure, Echo and the Bunnymen ou os fabulosos Pixies.

Led Zeppelin, "IV", 1971

Claro que a melhor banda de sempre da história do rock não poderia faltar.

Desta vez vou passar o desafio, aqui estão as minhas vítimas:

Chauffer Navarrus, como músico que é seria interessante conhecer as suas escolhas.

Zé & Paulo, já que estes senhores, "together", nos têm dado algumas boas músicas quero também ver o que vão escolher.

João, Pinguim, outro senhor que também não passa sem boa música.

Luís, Gayfield porque sei que também gosta de boa música.

Rato do Campo, amigo, diz-me o que se ouvia aí no campo na tua juventude.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

A ALMA BARALHADA


«Meu querido Hugo. Tão melhor do que eu, tão mais capaz de amar, sempre a responsabilizar-se por me ter feito perder a inocência, por me ter transformado na pessoa que sou hoje, mas que seria eu sem ele? O marido da Raquel, a procurar encontros clandestinos no Parque Eduardo VII? A apanhar as doenças que ele me defendeu? A viver uma vida dupla, vergonhosa?»

"A Alma Trocada", Rosa de lobato Faria

Fez no passado dia dia 13 de Dezembro, véspera do dia dos namorados, 7 anos que terminou a minha última relação com uma mulher. Durou pouco mais de ano e na altura passei um mau bocado, mais por me sentir enganado e rejeitado do que por amor.


Não me revejo em nada no Teófilo do romance da Rosa Lobato de Faria mas muito provavelmente esta seria hoje a minha situação se ainda estivesse ligado à L.


Entre os vinte e os 31 anos mantive relações com algumas mulheres, não muitas, mas as suficientes para me dar conta que não me satisfaziam sexualmente. Adorava ter uma companhia, gostava dos carinhos e principalmente dos preliminares, só que, na hora do sexo puro e duro sentia sempre que me faltava alguma coisa. Óbviamente que para elas o sexo também não deveria ser grande coisa, por isso, as relações nunca duravam muito, apenas o suficiente para poder mostrar aos meus amigos que eu também tinha namoradas.


Curioso que nunca tive dificuldades em arranjar amizades entre as raparigas. Elas sempre gostaram de me ter como amigo e confidente, achavam que eu era de confiança.


Amizades à parte, confesso que não tinha muito jeito com elas. Lembro-me de uma vez num parque de campismo, éramos quatro rapazes e conhecemos um grupo de francesas. Ao segundo dia cada um dos meus amigos já estava "emparelhado" e eu até acabei sózinho com a mais bonita do grupo. Com vinte aninhos e sem experiência nenhuma em assuntos femininos fiquei totalmente aterrorizado, sem saber o que dizer ou o que fazer.
Ela deve mesmo ter pensado que eu era gay.

A fotografia não tem nada a ver com este post mas foi tirada num dia muito cinzento e ventoso que me proporcionou algumas imagens belíssimas de uma praia quase deserta em pleno Verão.

ARMA DE DESTRUIÇÃO

Arma de destruição massiva contra o preconceito.
Imagem: Eric

HAPPY VALENTINE!



Pode ser que um dia haja alguém que me faça gostar desta data. Até lá não passa de mais um dia de forte apelo ao consumismo.

Por falar em consumismo vou-me perder neste pequeno pecado quaresmal que se vê na imagem.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

WORLD PRESS PHOTO

Um casal homossexual espera por assistência depois de uma agressão homofóbica em Budapeste.
2º lugar na categoria Questões Contemporaneas do World Press Photo.
Fotografia de Zsolt Szigetváry

UM PRÉMIO MUITO ESPECIAL




Já recebi aqui vários prémios mas estes três são muito especiais pois foram criados por dois amigos aqui deste cantinho.

Muito obrigado Zé e Paulo.
Claro que vou passar estes prémio a todos os meus amigos que por aqui passam.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

ROY SCHEIDER, BYE BYE LIFE


Roy Scheider (1932-2008)

Desta vez foi mesmo o adeus

ISRAEL PODERÁ PERMITIR ADOPÇÃO


A Justiça israelita reconheceu, formalmente, neste domingo, a adoção de crianças por casais do mesmo sexo, informaram fontes oficiais.

O conselheiro jurídico do governo, Menahem Mazuz, anunciou que o Estado hebreu não se oporá no futuro a tais adoções.

O Estado "não se opõe a que os casais do mesmo sexo adotem uma criança", declarou Mazuz, em um encontro com os responsáveis dos serviços de adoção, informou a nota do Ministério de Justiça.

O "único critério é o bem do adoptado", de acordo com as capacidades da família adotiva, acrescentou Mazuz, que deu instruções para que a adoção por casais do mesmo sexo seja tramitada como a adoção por parte de casais heterossexuais.

Notícia: Portugal Gay

sábado, 9 de fevereiro de 2008

LET´S DO THE TIME WARP



It's just a jump to the left
And then a step to the right
With your hands on your hips
You bring your knees in tight

Tenho que ve se encontro por aí esta pérola.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

SE NÃO GOSTA DO SEU deus, EXPRIMENTA O NOSSO


Se em tempos de eleições somos invadidos por centenas de cartazes a conspurcar as paredes, em tempos de paz somos inundados com a guerra das religiões. É verdade, pelo menos no Cacém deve haver para aí umas 300 e qual delas com o nome mais esquisito.

A Igreja Pente Costal (deve ser um pente para as costas) de Deus Carisma bate-as todas aos pontos.
Parece que este culto tem origens africanas mas será que era necessário escrever com sotaque?
"SI O SEU deus É MORTA, MUDO E SEGO", Deus com letra pequena? Devem ser tão crentes como eu.
Como é que este senhor que se diz doutor e bispo pode pensar que o Deus dele é diferente de qualquer outro? Não me parece lá muito cristão acreditar em mais que uma divindade.

Deus deve mesmo andar "sego" para permitir uma coisa destas.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

ADEUS CARNAVAL

Pieter Brueghel, o Velho
Combate entre o Carnaval e a Quaresma (1559)


Acabaram-se os excessos do carnaval, vêm aí os rigores da quaresma. Este deveria ser um tempo de rigor, abstinência, jejum e oração, um pouco à semelhança do Ramadão islâmico.

Herege como eu sou, vou ter que suportar a minha quaresma durante mais um mês.

A MINHA QUARTA-FEIRA CINÉFILA



Acho que não arrisco muito ao dizer que Tim Burton e Johnny Deep constituem a mais criativa dupla do cinema das últimas décadas. Uma associação que, pode-se dizer, começou à tesourada e, até agora, ficou-se pela navalhada.

Sweeney Todd é o último projecto deste duo, uma adaptação de um músical da Broadway sobre um homem que se deixa cair no lado negro da sua própria vingança.
Benjamim Barker, regressa a Londres após anos no mar a cumprir uma pena por um crime que não cometeu. Em busca de vingança abre uma barbearia em Fleet Street no andar mesmo acima da fábrica de empadas de Mrs. Lovett, as piores de Londres, como a própria reconhece.
É ela que lhe conta que a sua filha é prisioneira em casa do Juiz Turpin, o homem que o havia condenado, e que a sua mulher se suicidara com o desgosto. Benjamim é agora Swenney Todd é só quer uma coisa na vida, matar o juiz. Para o fazer forma uma estranha associação com Mrs. Lovett, fornecendo-lhe a carne para aquelas que se irão tornar as melhores empadas de Londres...

É impressionante a capacidade de Deep para se transfigurar em cada filme que faz:
Em "Eduardo Mãos de Tesoura" era o simpático e ingénuo monstro que sofria com a solidão e intolerância das pessoas. Com "Ed Wood" transforma-se no "pior realizador" de todos os tempos, que também tinha um fetiche por roupas femininas. Em "Charlie e a Fábrica de Chocolate" é o excêntrico mas deslumbrante Willy Wonka. Por fim o mais original pirata de todos os tempos, Jack Sparrow. Um "franchise" que o tornou milionário mas que nunca deveria ter passado do primeiro filme.
Em Sweeney Todd além de cortar gargantas também canta...

O elenco é completado pela excelente presença de Helena Bonham Carter(Mrs Lovett), Outra presença habitual dos filmes de Burton, não fosse ela a sua companheira. E por Alan Rickman (Juiz Turpin) que tirou umas férias da sua actividade como docente na escola de magia de Hogwarts


"O Lado Selvagem" é baseado numa história verídica e no bestselling literário de Jon Krakauer. Depois de se graduar na Universidade de Emory em 1992, Christopher McCandless, estudante de topo e atleta, abandona as suas posses, oferecendo as suas poupanças de 24 mil dólares e partindo à descoberta da américa e de si próprio.

Na velha tradição dos "road movies" americanos, "Into the Wild", explora a história verdadeira de Christopher, um jovem rebelde que se revolta contra a sociedade, contra a família burguesa e disfuncional e desaparece sem dizer uma unica palavra aos pais ou à irmã, a única pessoa que o compreende.
Muda o seu nome para "Alexander Supertramp" e erra pela América à boleia ou escondido em comboios de mercadorias.
Ao longo da sua jornada conhece várias pessoas, que lhe dão o carinho e amor que os pais nunca deram mas não se consegue fixar num só sitio, o apelo da aventura e do desconhecido é sempre mais forte.

Quem era Chris McCandless, um louco, um vagabundo irresponsável?
Ou um espírito livre, em fuga de uma sociedade opressora?
No fundo era um pouco de tudo.

Jon Krakauer, editor da "Outside Magazine", apaixonou-se pela história trágica de Chris e resolveu reconstituir as suas viagens.
Sean Penn leu o livro e também ele se deixou levar pela história de McCandless. E assina aquele que é o meu filme preferido da sua curta carreira como realizador.
Emile Hirsch, é fantástico na pele do jovem aventureiro americano. Se era uma das grandes esperanças da nova fornada de jovens actores a sair de Hollywood, penso que depois de encarnar Chris McCandless, se vai tornar numa certeza.



Eddie Vedder, foi a par de Cobain, um dos grandes ícones da época retratada no filme e dá o tom ideal para a banda sonora da vida de Chris "Supertramp".
Será que a banda sonora de "Into the Wild" não será também um grito de liberdade para o vocalista dos Pearl Jam, num momento em que a criatividade e a popularidade banda andam um pouco em baixo?

Sinceramente, dois filmes a não perder.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

SUPER TERÇA-FEIRA


Hoje é terça-feira gorda, ou "mardi-gras" como se diz lá para os lados de Nova Orleães.
Quem vai ser o vencedor desta super terça-feira?

Aceitam-se apostas.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

CARNAVAL TUGA


Talvez seja eu que não gosto da época mas gostava de perceber os desfiles de carnaval portugueses.
Porque é que temos que nos armar em brasileiros?
Porque insistir em desfilar em pelota em pleno Inverno, debaixo de chuva e com um frio de rachar?
Como diria o Óbelix "São doidos, estes tugas!"

domingo, 3 de fevereiro de 2008

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

PERDIDO...

Numa estrada para lado nenhum...

Foto: Special K

O PAÇO

D. Carlos, D. Luís Filipe e o infante D. Afonso à saída do Palácio da Vila, Sintra, 1905. Fotografia de António de Novaes.

Por falar em Sintra e no dia em que se assinalam os cem anos do regicídio, uma fotografia do Rei D. Carlos no Paço de "Cintra".
Quem conhece o Palácio pode ver o quanto este mudou nos últimos cem anos.