domingo, 27 de setembro de 2009

YO SOLO MIRO



Na categoria de Melhor Curta-metragem "Yo Solo Miro" de Gorka Cornejo, foi a escolha do público do Queer Lisboa 13.
Os meus parabéns para Mina Orfanou, que venceu na categoria de melhor Actriz pela sua interpretação “intensa e tocante, pela energia e entrega física” como transexual em "Strella: a Woman`s Way", do realizador grego Panos Koutras.

"Fig Trees" do canadiano John Greyson, um filme que aborda o tema do HIV, foi o vencedor na categoria para Melhor Documentário.
Mais uma vez os meus parabéns ao João Ferreira e à Associação Janela Indiscreta pela organização de mais um Queer Lisboa. Para o ano há mais.

QUEER LISBOA 2009



"Ander" de Roberto Castón, o mais que merecido grande vencedor do Queer Lisboa 13. Mais que merecido, é também o prémio de melhor actor para Joxean Bengoetxea, que neste filme interpreta um camponês quarentão que se apaixona por Iñaki, o seu empregado peruano.

Destaque também para a menção especial do juri para o belíssimo "Rabioso Sol Rabioso Cielo" do mexicano Julián Hernández, o mesmo que na edição do ano passado nos trouxe uma das melhores curtas do Festival "Bramadero", que curiosamente é invocada neste filme.

sábado, 19 de setembro de 2009

MAFALDA E AS ELEIÇÕES

Uma vez que a Mafaldinha já tem direito a estátua em pleno centro de Buenos Aires, e nos aproximamos de um importante acto (ou agora é ato?) eleitoral, eis mais um brilhante momento desta irreverente menina.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

CARTOON H1N1


Agora que há cada vez mais informação e começa a passar a histeria inicial causada pela "terrível" gripe A, vulgarmente conhecida por "gripe suína" ou H1N1. Claro, que, como todas as doenças tem os seus riscos, no entanto é sempre saudável levar certas coisas a brincar.

Versão Pink Floyd

Th...Th...Th...Th... That's all folks!

terça-feira, 15 de setembro de 2009

PATRICK SWAYZE, NORTH & SOUTH



Não estava entre os meus actores preferidos, mas, muito antes de Dirty Dancing ou Ghost, lembro-me de uma grande série que passou há uns bons anos na televisão. Em Norte e Sul, Patrick Swayze, actuou ao lado de monstros sagrados como Robert Mitchum, Elizabeth Taylor, Gene Kelly, Johnny Cash, Jean Simmons e o também recentemente falecido David Carradine, como um dos piores vilões da televisão.

TAKING WOODSTOCK


O regresso do realizador de Brokeback Mountain, inspirado nos quarenta anos do Festival de Woodstock.

Baseado numa autobiografia de James Schamus, é a história de Elliot Tiber, um aspirante a designer de interiores que se debate com a sua homossexualidade escondida e dependência de drogas durante o mais famoso festival musical dos anos 60. Ang Lee coloca, uma vez mais, a sua versatilidade à prova do mundo cinéfilo.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

FAMÍLIA LEAL, CASO TÍPICO EM PORTUGAL



Ainda a propósito das ideias jurássicas sobre a família tradicional de Ferreira Leite e do amigo Cavaco lembrei-me de fazer um pequeno filme para este velho clássico dos Peste & Sida.
A música foi lançada em 1989 no disco "Portem-se Bem". Vinte anos depois continua tão actual.
Esperemos que não seja esta a ideia de família da MFL.

Homem Honesto, amigo do lar
Trabalhador exemplar
Não usa a cabeça para pensar
e vai à tasca para se confessar.
Vai para casa cheio de bebida
rapar o tacho, encher a barriga.
Dá porrada na mulher
como se fosse um bicho qualquer.

Oi oai, família Leal
Oi oai, caso típico em Portugal
Oi oai, família Leal
Oi oai, caso típico em Portugal

Dona de casa, mulher honesta
todos os filhos para criar.
Não usa o método anticoncepcional,
leva uma vida bem normal.
Do marido leva porrada,
e por ele pensa ser amada.
fala muito do que não vê,
sofre com a novela na tv.

Oi oai, família Leal
Oi oai, caso típico em Portugal
Oi oai, família Leal
Oi oai, caso típico em Portugal

Esta é a história da família Leal.
É uma família muito tradicional.
É um caso típico em Portugal.

É uma família em stress
Família em stress
família em stress

João Pedro Almendra/Peste & Sida

A letra foi passada a ouvido por isso se houver alguma incorrecção peço as minhas desculpas e agradeço que me corrijam.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

QUEER 13


Meninos o Queer já mexe.

Este é outro dos eventos imperdíveis do mês de Setembro. Este ano o festival abre no dia 18 com um filme português; Morrer Como um Homem de João Pedro Rodrigues, e fecha no dia 26 com Where the World Mine Tom Gustafson.

Além das habituais sessões de longas, curtas e documentários, a edição deste ano repete as Noites Hard, que tiveram bastante sucesso na edição do ano passado. Destaco ainda o Espaço Memória, na Sala Buondi:
Dia 19 evoca-se o centenário do pintor Francis Bacon, com um mural colectivo que será pintado pelo público.
Dia 20: O dia de António Variações
Dia 21: Dia de poesia com o grande poeta António Botto e a presença do escritor Eduardo Pitta.
Dia 22: Dia Stonewall.
Dia 23: Dia Amália Rodrigues, com um pequeno showcase do grupo Amália Hoje.
Dia 24: Dia da queda do muro de Berlim.
Dia 25: As Nossas Divas sobre Judi Garland, com a projecção do fabuloso Feiticeiro de Oz

Queer Lisboa 13, programação


Morrer Como um Homem


A útima fita do realizador de o Fantasma e Odete conta a história de Tonia, um fulgurante ícone da noite lisboeta que, tal como Ruth Bryden, na segunda metade dos anos oitenta, em plena euforia do estrelato local, abandonou a sua identidade dupla e apropriou-se da sua “personagem artística”, iniciando uma série de intervenções de cirurgia plástica que a transformaram, socialmente, numa mulher. Tonia foi apagando progressivamente todos os vestígios da sua identidade masculina original, que para ela representava tudo o que não podia controlar: a discriminação pela sua homossexualidade, o género masculino que deplora no seu corpo, o nome da família que a rejeitou, a paternidade de um filho fruto de uma relação heterossexual adolescente.
Esta é a história de um renascimento. Tonia gera-se a si própria num sentido quase cronenberguiano: o corpo de António Cipião, a sua identidade masculina original, metamorfoseia-se no corpo de Tonia. Mas é essa também a sua tragédia. Tonia transforma a aparência sem nunca chegar a mudar de sexo. Contra a sua vontade e verdade mais urgente e imediata, fala a sua consciência mais profunda: as suas convicções religiosas não a deixam concluir a transformação. O conflito entre a esfera privada e a esfera social, da qual ela se sente excluída mas de que inevitavelmente faz parte, acaba por não ser a sua motivação determinante, mas tão só o primeiro grau da tragédia. É o seu conflito interior, agravado pelo conflito com aqueles que lhe estão mais próximos, que se vai revelar irresolúvel e irremediavelmente trágico. E a morte, ao cumprir o seu destino de personagem, terá algo de purificador - como uma clarificação sublime dos desígnios da sua presença entre os vivos.
Mas esta é também uma história de amor: a história de Tonia e do seu companheiro Rosário, um inédito “Romeu e Julieta”.

Texto retirado do site da AIP

O filme ainda nem tinha chegado a Cannes e já estalava a polémica com Carlos Castro, autor de uma biografia de Ruth Bryden. O famoso cronista social lançou uma providência cautelar, acusando o realizador e a Rosa Filmes de plágio.

Queer Lisboa 13, programação

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

A MANELINHA CONTRA O LOUÇÃ


Desde que regressei da Festa do Avante tenho tentado ver os debates já realizados entre os líderes dos principais partidos portugueses às proximas eleições legislativas. Pelo que vi apenas o confronto entre Louçã e Ferreira Leite fugiu ligeiramente à monotonia geral.

Quanto aos "temas fracturantes" aqui ficam alguns "sound bites":


"(O estado) não pode dizer àquele homem que não pode amar aquela outra pessoa."

O estado não dita o amor de uma pessoa."

"O que é fracturante é a desigualdade"
Francisco Louçã.

"No casamento com determinada noção de família perspectiva-se a existência de filhos nas uniões com outras caracteristicas não se perspectiva a existência de filhos."
Manuela Ferreira Leite.

Como o tema não era apenas o casamento entre pessoas do mesmo sexo, mas também o divórcio e as uniões de facto faltou a MFL esclarecer porque razão também se opõe à igualdade de direitos entre as uniões de facto e o casamento, mesmo perante casais heterossexuais com filhos.

A Grande tirada:

"Eu sou uma pessoa que defende o casamento mas não imponho o casamento. O Dr. Francisco Louçã não defende o casamento mas impõe o casamento."
Manuela Ferreira Leite.

Ver aqui o vídeo integral do debate entre Louçã e MFL

domingo, 6 de setembro de 2009

ARCO-ÍRIS NA FESTA DO AVANTE

Este fim-de-semana decorreu, ali para os lados da Amora, mais uma grande Festa do Avante. Apesar de não me considerar comunista, há 19 anos que não perco uma edição, pois, muito mais que uma festa política, é uma festa de música, cultura, ciência, confraternização e, melhor que tudo, de reencontro com velhos amigos que só vejo uma vez por ano.

No parque de capismo da festa encontrei esta bandeira, colocada por umas meninas, não muito longe da zona onde estava o meu grupo. Apesar de discreta, marcou a presença LGBT no evento. As cores da diversidade são afinal iguais às da paz e não podiam ser mais bonitas.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

OS SACANAS DE TARANTINO


Mas o que me levou a regressar a escrever estas linhas foi “Sacanas sem Lei”, o mais recente delírio de Quentin Tarantino. Como tem acontecido em algumas das anteriores obras do cineasta americano, é um daqueles filmes que os seus críticos vão odiar e os fãs venerar. O realizador de “Pulp Fiction” tem destas coisas. Uma das principais críticas feitas a “Sacanas sem Lei” é a falta de rigor histórico do argumento. Realmente o filme é de fazer arrepiar qualquer historiador que se preze. No entanto a intenção do autor de “Reservoir Dogs” não era de fazer um filme histórico mas sim uma ode ao cinema, tendo como pano de fundo a França ocupada durante a II Guerra Mundial. Já nos habituámos às constantes referências cinematográficas nos filmes de Tarantino mas “Inglourious Basterds” é ele próprio uma pequena homenagem à história da sétima arte.

A belíssima sequência inicial tem um plano que recorda os velhos westerns olhamos para aquela casa isolada e esperamos ver surgir ao longe um grupo de cavaleiros prontos a destruir tudo à sua volta. No filme de Tarantino em vez de cavaleiros temos os soldados nazis liderados pelo Coronel Hans Landa, protagonizado por um fabuloso Christoph Waltz, sem dúvida o melhor de todo o filme. A sua missão é de encontrar judeus escondidos entre a população que tenham conseguido escapar às anteriores deportações. Hans Lada é um oficial da Gestapo, duro, cruel, cínico mas muito pragmático. Os melhores diálogos do filme estão mesmo a seu cargo.

Brad Pitt, É o galã de serviço, tem pouco de charmoso, é um campónio abrutalhado com sotaque do Tenessee, sangue apache e sedento de sangue nazi. Ele constitui uma unidade especial constituída por judeus que vai aterrar na França ocupada com o único intuito de massacrar e escalpar soldados nazis. O nome da personagem de Pitt é Aldo Raine, uma óbvia referencia ao actor Aldo Ray (1926-1991) que curiosamente cumpriu serviço militar na Marinha Americana durante a II Guerra Mundial.


No entanto as referências cinematográficas não se ficam por aqui, O Tenente Archie Cox (Michael Fassbender) é crítico de cinema especializado no cinema de Weimar. Esta foi a grande época de ouro do cinema alemão que compreende o período entre as duas guerras. O filme de Tarantino cita especialmente Georg Pabst (1885-1967) o realizador de A Buceta de Pandora de 1929. Pabst e Riefenstahl (1902-2003) são referências recorrentes em todo o filme.

O argumento é simples: O Tenente Archie Cox tem por missão aterrar em França para se juntar aos “Basterds”, e aliados a uma estrela do cinema alemão, vão mandar pelos ares o cinema onde se encontrarão todas as altas figuras do regime nazi, incluindo o próprio Führer.

Finalmente a banda sonora, sempre importante nos filmes do realizador americano, não deixa de ser ela também, uma homenagem ao próprio cinema. A maior parte dos temas evocam os velhos westerns de Sérgio Leone (1929-1989) através da música de Ennio Morricone. A sequência inicial surge ao som de “The Green leaves of Summer” música do filme “The Alamo” (1960), interpretado e realizado por John Wayne (1907-1979). Finalmente aquela que na minha opinião é a melhor música de todo o filme: “Cat People Putting out the Fire” de David Bowie, tirada do filme “Cat People” (1982) de Paul Shrader.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

OS CAÇADORES DE VAMPIRAS LÉSBICAS


Recentemente, passando por um dos grandes centros comerciais da capital, decidi esquecer o meu dogma anti-pipoca e lá fui ver o último Tarantino. Logo à entrada arrepiei-me com o cartaz de um filme que tinha por título esta preciosidade: “Os Caçadores de Vampiras Lésbicas”. Realmente já se fizeram tantos filmes sobre vampiros que a imaginação não dá para mais.

Numa pequena cidade rural em Inglaterra as mulheres foram escravizadas por um terrível bando de vampiras lésbicas. Entretanto chegam à terrinha dois cromos que desconhecem o que se passa no local e são oferecidos em sacrifício às vampiras.
Parece mau? Pelo trailer parece mesmo um filme de fugir. O título absurdo remete-nos para aqueles antigos filmes de série b com títulos fabulosos como por exemplo o já mítico “Ataque dos Tomates Assassinos”. Não sei se este vai ficar na história, mas acho suficiente mau para passar em sala enquanto tantas obras boas passam directamente para o vídeo.

Por fim fica a nota sexista do filme, cheio de mulheres bonitas para encher as fantasias eróticas dos gajos; pelo menos o velho estereótipo dos machões que têm fetiches com lésbicas, ainda mais a morderem-se nos pescoços, e sabe-se lá em que outros sítios mais.

Por isso meus meninos, cuidado, muito cuidado! Quando menos esperam podem ser atacados por uma horda selvagem de vampiras lésbicas vindas sabe-se lá de onde. O filme só deve estrear lá para Outubro, mas entretanto...

terça-feira, 21 de julho de 2009

THE BOAT THAT ROCKED



"OS GOVERNOS ODEIAM QUE AS PESSOAS SEJAM LIVRES"

Nos anos 50 e 60 o rock em Inglaterra era considerado como algo de totalmente subversivo para a juventude. Este tipo de música era mesmo considerado uma ameaça aos valores morais da sociedade e da família (onde é que eu já ouvi isto?).

É neste contexto que no início da década de sessenta o rock é quase banido das rádios oficiais, apenas as rádios piratas se atreviam a divulgar este género musical sendo bastante populares entre os jovens. A Radio Caroline foi uma das mais populares; esta estação estava instalada num barco e emitiu entre 1964 e 1967 para todo o território britânico a partir do Mar do Norte.

Com a desculpa que a emissão poderia interferir com os sinais de emergência de outros barcos, o Partido Trabalhista então no poder iniciou uma guerra cerrada contra a estação.

Foi a saga da Radio Caroline que inspirou The Boat that Rocked de Richard Curtis. O filme acompanha a vida da Radio Rock, uma estação de rádio ilegal que emite a partir de um barco. O grupo de DJs de serviço é bastante peculiar: O "Conde" (Philip Seymour Hoffman)é o americano considerado o deus das ondas da rádio; Quentin(Bill Nighy) o "big boss", e Gavin (Rhys Ifans), o mais popular DJ de Inglaterra, regressado de um périplo de sexo drogas e rock n'roll por terras do Tio Sam.

O filme estreia já na próxima quinta-feira e parece valer mesmo a pena, nem que seja apenas pela banda sonora.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

RICEBOY SLEEPS



Alex Sommers, além de companheiro de Jón Þór Birgisson, vocalista dos Sigur Rós, é também o responsável pelo excelente trabalho gráfico das capas dos álbuns da banda. Juntos, formaram um projecto artistico chamado Riceboy Sleeps. A música com um som mais etéreo e experimental que o dos próprios Sigur Rós, servia originalmente de banda sonora para a própria arte do grupo. Assim surgiu o álbum, uma espécie de banda sonoa do trabalho artístico do grupo.

domingo, 5 de julho de 2009

WITTGENSTEIN



Uma visão teatralizada da vida do filósofo austríaco Ludwig Wittgenstein.
Um belíssimo filme do realizador de Caravaggio e Sebastiane.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

OS CORNOS DO MINISTRO



Manuel Pinho foi visto há poucas semanas atrás no grande concerto dos AC/DC no Estádio de Alvalade. Ao que parece, aborrecido de morte com a seca do debate, decidiu fazer uns corninhos à Angus Young ao deputado do PCP Bernardino Soares.
Como a maioria dos deputados gosta de armar ao pingarelho e dizer que só houve ópera e música clássica nem perceberam a brincadeira de Manuel Pinho.
Ao que consta o ex-ministro, no seu entusiamo, foi oportunamente impedido por Augusto Santos Silva de fazer um "mosh" para cima da deputada Ana Drago do Bloco de Esquerda.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

TATUAGENS

Depois das enormidades vistas no post anterior apresento-vos o senhor Peter Mullen; um reverendo inglês que é da opinião que os homossexuais deviam tatuar "sodomia" nas nádegas.
Não sei se em termos estéticos será boa ideia, se calhar ficaria melhor uma destas:

EXORCISMOS

Acha que o seu filho é um pouco abichanado?
Está preocupado porque em vez de o apanhar a ver a sua velha colecção da Playboy e da revista Gina, encontrou-o a ler O Retrato de Doryan Gray?
Então há uma boa probabilidade de o seu filho ser gay.
No entanto não há razões para se preocupar, é só levá-lo a estes senhores que eles cuidam do caso num instante:



Recebido por email.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

ARRAIAL PRIDE 2009

Eu sei que chego um pouco atrasado mas não queria deizar de falar sobre o Arraial Pride deste ano. Este ano o evento realizou-se em Belém, ali na relva, bem juntinho à Torre. Devo dizer que achei o local bastante agradável, por outro lado também gostei da oferta de comes e bebes que me pareceu bem mais variada que em edições anteriores.
De resto a oferta musical foi óptima, pelo menos, para quem como eu gosta de sons mais "ábrir". Foi pena não ter assistido aos espectáculos da Terremoto e da Deborah Kristall, por isso o melhor da noite foi para mim o concerto dos Les Baton Rouge.
Por fim foi bom rever amigos e amigas que já não via há algum tempo. Não os vou nomear a todos porque foram muitos os que fui encontrando ao longo do dia e da noite, deixo apenas um beijo para tod@s.

sábado, 27 de junho de 2009

AO ANOITECER


Sou um velho rato celibatário
- a lei não me permite casamento.

outros encontram sem dificuldade
o universo pronto a vestir

logo de manhã, desde que nasceram
Depois trajam todas as convenções

- Que lhes assentam bem, do colarinho
às mangas, até parece que Deus

é um alfaiate pr conta deles.
A nós a melhor roupa fica mal

- em nenhuma loja vendem apatos
que nos deixem ir noutra direcção,

nem anel que não faça propaganda
à ordem empre «natural» do mundo.

José António Almeida
"O Casamento Sempre foi Gay
E Nunca Triste"

Livros & etc, 2009.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

GOODBYE CRUEL WORLD


Meus amigos, peço desculpa mas por falta de tempo este blogue anda em gestão automática. Por isso perdoem-me por não vos visitar ou responder aos vossos comentários.

Quanto ao vídeo, talvez não saibam mas uma das meninas era a moreninha das Bananarama, lembram-se de "Venus"? Em 1988, Siobhan Máire Deirdre Fahey abandona a famosa girls band para se juntar a Marcella Detroit. O duo inspirou-se numa música dos Smiths para baptizar o projecto.

terça-feira, 23 de junho de 2009

sábado, 20 de junho de 2009

GOTTA HAVE PRIDE



No âmbito da celebração dos 40 anos da revolta de Stonewall, este belíssimo vídeo acompanha a história e a evolução da sociedade durante o século XX.


Pride 2009 – Jon Gilbert Leavitt – Lyrics

Silk top hats and button shoes, erotic tintypes, midnight cruise, Berlin gay society 1903
Sigmund Freud’s Vienna’s hype, identifies the homo-type, The Intermediate Sex and Heterodoxy
The gay wave moves across the sea, hello there Miss Liberty, Betty Boop is hot and hooch is out in the cold
Greenwich Village, Bloomsbury, gays in high society, Harlem nights, Chicago fights, Leopold and Loeb…

Chorus:
Pride, gotta have pride – we’ve been around too long to keep it inside.
Pride, can’t sit back and watch from the side, pride is power and power is pride.
It’s time to celebrate all the colors of the rainbow, get out into the streets, follow the tide…

The Captive hits the Broadway stage, The Fleet’s In, Cadmus’ all the rage, and The Well of Loneliness appears on the stands
Depression, bread lines, Crystal Night, Adolf shows Olympic might, put on your pink triangles and put up your hands
A-Bomb, 50’s keen, the Kinseys shake the cocktail scene, James Dean, Mattachine, Doris Day and Harry Hay
Donald Webster Cory writes, Joe McCarthy picks a fight, J. Edgar, Roy Cohn shame on you, what else do you plan to do?

Christine Jorgensen’s reborn, Daughters of Bilitis form, Ginsberg, Naked Lunch, Giovanni’s Room.
Marilyn, the Beatnik scene, Jackie’s in her Cassini, Vatican II and something’s coming soon…
Summer 1969, the heat is rising all the time and over the rainbow Judy Garland sleeps
Stonewall Bar, men in blue, heads were broken bottles flew, “out of the bars and into the streets…”

Chorus…

Boys in the Band played, Bette Midler sang, those bathhouse days, Lance Loud, gay and proud, Oscar Wilde Bookstore
…Sister George, Doonesbury, Tales of the City, Anita Bryant, Village People, Studio 54
Harvey Milk, rough trade, Aaron Fricke’s prom date, GRID, Torch Song Trilogy, Boy George, GMHC
HIV identified, Rock Hudson, Liberace died, Bowers versus Hardwick’s heard, Reagan finally says the word…

Barney Frank, AIDS quilts, ACT-UP, Randy Shilts, Queer Nation, Mapplethorpe, AZT
Amendment 2, Cracker Barrel, “don’t ask, don’t tell,” Angels in America, March on DC
Greg Louganis, Elton John, George Michael, what is going on? Lilith Fair, riot grrls, spend a day at Disney World,
Cunanan scare, the McVeigh case, Ian, Ellen, Will & Grace,
Matthew Shepard- God bless you, what else can we look forward to…?

Gay-dot-com, VaxGen, another Bush in Washington, Millennium March, Mary Cheney, Queer as Folk
Dr. Laura’s evil ways, bug chasers, ex-gays, 9/11 – Mark Bingham, Father Mychal Judge.
Holland starts the marriage trend, Beanie Man and Eminem, L-Word, Dubya’s back, Queer Eye for the Straight Guy.
Executions in Iran, no same-sex marriage ban, linguists discharged in Iraq, one step forward, two steps back…

Logo, Rosie, crystal meth, PNP, Mark Foley, Jim McGreevey, John Amaechi tells all
Doogie Howser, Lance Bass, Brokeback, Superman, Rufus does Judy at Carnegie Hall
Larry Craig – vice squad, Mahmoud Ahmadinejad – Dumbledore, Nutmeg State, Obama wins, so does Prop 8 -
Forty years ago who knew, when Miss Rivera threw her shoe – a raid became a movement – and our Fourth of July…

Chorus…

Visto aqui: Sinest3sia

quinta-feira, 21 de maio de 2009

JOÃO BÉNARD DA COSTA



"Johnny Guitar"; o filme da sua vida:
"Porque era ele; porque era eu"

João Bénard da Costa (1935-2009)

sexta-feira, 15 de maio de 2009

DO COMEÇO AO FIM



Incesto e homossexualidade, dois dos maiores tabus da nossa sociedade analisados neste filme do brasileiro Aluisio Abranches. Pelo trailer penso que a intenção não é chocar mas apenas contar uma bela história de amor proíbido.

O filme deve estrear em breve no Brasil, já se esperam os protestos moralistas do costume. Por mim deixo apenas o desejo que passe por cá; se não for no circuito comercial, pelo menos na edição deste ano do Queer.

http://www.pequenacentral.com.br/cinema/docomecoaofim/

terça-feira, 12 de maio de 2009

LIFE ON MARS

Meus amigos, a ciência conseguiu finalmente provar que houve vida inteligente em Marte. Conseguem imaginar como seria o modo de vida desses marcianos?

segunda-feira, 11 de maio de 2009

JANTAR DIA 9 DE MAIO


Mais uma vez foi um enorme prazer reencontrar amigos em mais um jantar blogosferico, organizado pelo Pinguim e pelos meninos do Felizes. Este ano mudámo-nos para a Amadora, num restaurante que nos acolheu muito bem e que permitiu um maior convívio entre as pessoas, pois em vez de ficarmos extáticos nas nossas mesas circular e conversar entre todos. Pena que tenha havido tantas desistências de última hora, mas isso foi mesmo o menos importante de uma noite muito agradável e bem abrilhantada pelo presente do Ophiuchus e da Noturna que nos deliciaram com um belo texto do Miguel Esteves Cardoso.
Esperemos que para o ano que vem nos possamos reunir todos de novo. Entretanto sei que vou reencontrar alguns destes amigos já no dia 6 de junho em mais um convívio blogosferico.

Até lá sejam felizes, e não se esqueçam:

"A vida é uma coisa, o amor é outra. A vida dura a vida inteira, o amor não. Só um minuto de amor pode durar a vida inteira. E valê-la também. "

Miguel Esteves Cardoso, década de 90 do século XX

Podem ler aqui o texto integral: Sinfonia do Horizonte

domingo, 12 de abril de 2009

HÁ MAIS UMA ESTRELA NO CÉU


Acabo de saber pelo Felizes e pelo Pinguim da partida do Catatau. Confesso que foi um choque.
Há muito que sentia a falta dos seus comentários, sempre me interroguei como é que ele conseguia, quase sempre, ser o primeiro a comentar, e como eram sempre certeiros e pertinentes esses mesmos comentários. Não o vou poder abraçar no jantar deste ano e já sinto saudade.

Este foi daqueles que nunca esqueci:

"Olha, nem sabes a alegria que me dás!
Não, não é por quereres tirar um curso superior (que sim, pronto, ok, mas não é isso) - é por ser o curso que é!!! Vais gostar, acredita. E se não o conseguires fazer no tempo "regulamentar", demora o que quiseres. Saboreia-o.

(Se precisares de ajuda pede o meu contacto ao Pinguim. :) )"
8 de Maio de 2008 08:35


Aqui fica a minha homenagem nas palavras do Al Berto, penso que ele iria gostar.

"No centro da cidade, um grito. Nele morrerei, escrevendo o que a vida me deixar. E sei que cada palavra escrita é um dardo envenenado, tem a dimensão de um túmulo, e todos os teus gestos são uma sinalização em direcção à morte - embora seja sempre absurdo morrer.
Mas hoje, ainda longe daquele grito, sento-me na fímbria do mar. Medito no meu regresso. Possuo para sempre tudo o que perdi. E uma abelha pousa no azul do lí­rio, e no cardo que sobreviveu à geada. Penso em ti. Bebo, fumo, mantenho-me atento, absorto - aqui sentado, junto à janela fechada. Ouço-te ciciar amo-te pela primeira vez, e na ténue luminosidade que se recolhe ao horizonte acaba o corpo. Recolho o mel, guardo a alegria, e digo-te baixinho: «Apaga as estrelas, vem dormir comigo no esplendor da noite do mundo que nos foge»."

Al Berto, Lunário

Imagem: Starry Night - Van Gogh

sábado, 11 de abril de 2009

PARA MIM PODE SER BAUNILHA


Parece que a ciência já pôs mãos à obra para resolver este pequeno lapso da criação. Assim foi criado o Semenex, um suplemento alimentar que melhora o sabor do sémen tornando-o mais doce.

Esperma com sabor a chocolate? Mon Cherry talvez não fosse má ideia, mas porque não morangos ou baunilha?
Para os mais sofisticados que tal sémen com sabor a caviar e Moët & Chandon?

Eu por mim dispensava o caviar e ficava-me pela baunilha com um travozinho a Moët et Chandon, Raposeira também serve.

E vocês qual seria o vosso sabor preferido?

Façam a vossa escolha e um feliz domingo de Páscoa para todos.