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quarta-feira, 1 de julho de 2009

ARRAIAL PRIDE 2009

Eu sei que chego um pouco atrasado mas não queria deizar de falar sobre o Arraial Pride deste ano. Este ano o evento realizou-se em Belém, ali na relva, bem juntinho à Torre. Devo dizer que achei o local bastante agradável, por outro lado também gostei da oferta de comes e bebes que me pareceu bem mais variada que em edições anteriores.
De resto a oferta musical foi óptima, pelo menos, para quem como eu gosta de sons mais "ábrir". Foi pena não ter assistido aos espectáculos da Terremoto e da Deborah Kristall, por isso o melhor da noite foi para mim o concerto dos Les Baton Rouge.
Por fim foi bom rever amigos e amigas que já não via há algum tempo. Não os vou nomear a todos porque foram muitos os que fui encontrando ao longo do dia e da noite, deixo apenas um beijo para tod@s.

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

OK, FINALMENTE UM POST SOBRE A MADONNA!


Madonna é o grande nome deste ano, não só pelos seus 50 anos, como também pelo muito esperado regresso a Portugal.
Desde que voltei às lides blogosféricas que notei um aumento significativo de posts sobre sobre a cantora americana. Como já me estava a sentir marginalizado, decidi dedicar-lhe a minha postagem de hoje.

Para já devo dizer que musicalmente não sou um grande fã da Madonna. Ao contrário de muitas outras, armadas em vedetas, reconheço-lhe um enorme talento. Ela, além de uma grande senhora, consegue ser também uma excelente cantora e bailarina.

Muitas tentaram imitá-la mas não conseguiram, o melhor exemplo será a Britney Spears. Apesar de em tempos ter conseguido algum sucesso comercial, nunca passou de uma cantora medíocre com umas umas musiquinhas orelhudas para fazer sucesso entre teenagers borbulhentas.

Regressando à música da diva, gosto especialmente da maior parte dos trabalhos da década de oitenta. Depois disso só mesmo o "Hung Up"; uma grande música de dança, que usa o famoso sample do tema "Gimme, Gimme, Gimme" dos Abba.
No entanto o que eu admiro mesmo é a mulher que sempre ousou colocar em cheque a hipocrisia e o conservadorismo sexual da sociedade americana.

domingo, 20 de julho de 2008

A MINHA NOITE COM LEONARD COHEN


A tarde começou um pouco agitada. Após sair do trabalho foi uma correria para chegar cedo a Algés e ter tempo de comer qualquer coisita antes do concerto.
O "Special", indeciso, que chega a demorar uma eternidade para escolher um restaurante, entrou logo num dos primeiros que lhe apareceu pela frente. A sala nem estava cheia mas tive logo um mau pressentimento quando comecei a ver pessoas a entrar e sair logo de seguida do restaurante. Para despachar pedi logo uma dose de sardinhas, que eu calculei ser o prato de peixe mais rápido. Entretanto a sala foi enchendo e logo verifiquei que a maioria das pessoas que chegavam também iria ao concerto do Leonard Cohen.

Entretanto o tempo e as cervejas iam passando e nada de sardinhas. Durante uma hora, e com a sala cheia, só um casal que já lá estava antes de mim foi servido com dois bitoques. Quando, após uma hora, o empregado me diz que o prato ainda estava demorado pois tinham duas salas e as pessoas que estavam na outra tinham chegado primeiro. Fiquei furioso, mas como sou demasiado civilizado, paguei o pão e as cervejas e saí a correr para o local do concerto com a barriguinha bem cheia... De cerveja.


Já dentro do recinto foi só tempo de comprar mais uma cervejita para enganar a fome e chegar-me à frente. Para minha grande surpresa o concerto começou exactamente à hora marcada.
apesar de saber que ele já ia nos 73 anos, a primeira coisa em que reparei quando Cohen entrou ao som de "Dance me to the End of Love" foi como ele estava velho. Mas não tardei a constactar que a velhice estava apenas no aspecto exterior. Por dentro o músico canadiano continua um jovem e isso nota-se logo nos sorrisos de agradecimento aos muitos aplausos vindos do público.



Sem grandes ecrãs ou espectaculares efeitos de luzes deu logo para entender que o que ali se celebrava era a voz, a música e a poesia do velho trovador canadiano. O concerto foi um desfilar dos maiores clássicos de Cohen com "Hallelujah" e "Suzanne" como os dois momentos mágicos da noite. Mágico também foi "Boogie Street" um doce dueto com Sharon Robinson, uma das três vocalistas do coro de Cohen e "I'm Your Man" cantado em coro pela assistência.

Foi mesmo uma noite memorável. Leonard Cohen was my man!

No encontro de gigantes marcado para ontem apenas houve vencedores. Pelas crónicas que já li parece que o "Berlin" ao vivo do Lou Reed também foi memorável.

Imagens: Blitz

sexta-feira, 18 de julho de 2008

COHEN X REED

Aí está mais uma daquelas ocasiões em que a escolha pode dar uma enorme dor de cabeça.
Entre o histórico "Berlin", do Lou Reed ao vivo e um espectáculo da anunciada digressão de despedida do velho trovador, não hesitei e escolhi Leonard Cohen.

Acontece que já vi o Lou Reed três vezes e não gostei muito da última, que foi há dez anos num dos famosos concertos da Praça Sony durante Expo98.



Por mais que o "Berlin", o "Transformer" ou a memória dos Velvet puxem por mim, nunca vi Leonard Cohen ao vivo e esta vem anunciada como a digressão de despedida do cantor canadiano. Além disso o Cohen é mesmo um daqueles que há muito desejo ver ao vivo: Pela música, que por vezes desperta uma doce melancolia e pelos poemas; tanto os cantados como os escritos.

Dos grandes monstros sagrados, ainda falta o Tom Waits passar por cá.

quarta-feira, 16 de julho de 2008

NEIL YOUNG



Confesso que tenho um certo prazer masoquista em ler crónicas sobre concertos a que não pude ir. O recente concerto de Neil Young no Alive é um deles. Às vezes quase que sinto saudades dos tempos em que só havia dois ou três concertos por ano.

Em mais de quarenta anos de carreira, Neil Young já passou pelos Buffalo Springfield, tocou com Crosby, Stills and Nash e iniciou uma carreira a solo que apesar dos seus altos e baixos, nunca deixou de ser brilhante.

Com 62 anos e após uma complicada operação a um aneurisma, seria de esperar que ele trocasse a guitarra e a harmónica pelas pantufas e pela sueca com os outros velhos no jardim.
Mas como o músico canadiano leva a sério o velho slogan de que "velhos são os trapos", voltou às cansativas digressões e não se poupou. Segundo rezam as crónicas foi mesmo um grande concerto.

Hoje deixo esta homenagem a este grande senhor. Em breve será a vez de outro gigante canadiano que tocará em breve no nosso país.

quinta-feira, 10 de julho de 2008

SBSR


Este post de hoje está um pouco ressacado depois de mais uma grande noite de música.
Na sua 14ª edição o SBSR, além da novidade dos concertos do Porto trouxe este ano uma banda portuguesa para encerrar a noite. Os Tara Perdida tiveram a honra de fechar um palco por onde passaram dois dos maiores gigantes do heavy metal, Slayer e Iron Maiden. Quando me encontrar com o Ribas tenho que lhe perguntar qual a sensação.

A Maratona começou por volta das seis com Laureen Harris. A filha do fundador dos Iron Maiden, entrou cheia de boa vontade e conseguiu aquecer os poucos que já se chegavam ao palco mais pelos atributos físicos que pela música. O melhor da sua actuação foi "Steal Your Fire", uma cover dos Gun. O outro ponto positivo foi ter actuado descalça. Não sei porque sempre gostei de ver músicos a actuar descalços.

Depois dos Avenged Sevenfold veio um dos momentos mais esperados da noite, o regresso dos Slayer. Por vários motivos pessoais, sempre tive um grande carinho pela banda de Tom Araya, Kerry King e companhia. Foi bom recordar velhos hinos como: "War Ensemble", "Die By The Sword"(a minha preferida), "Raining Blood" e "Angel of Death".


A seguir vieram os reis da noite, e que dizer?
GRANDE CONCERTO!

Foi pena não ter acompanhado o que me pareceu um excelente concerto dos veteranos Rose Tatoo. Também não deu para ver os Tara Perdida pois o pessoal já estava de saída.



Hoje também há bons motivos para um passeio até à foz do Trancão, por lá vão passar Beck e Duran Duran. E eu que já não me aguento, estou todo partido e com uma brutal dor no pescoço, tenho que ficar por casa e torcer para que a Sic Radical transmita o concerto dos Rage Against The Machine no Oeiras Alive.

Este é o senhor que se segue, já no próximo dia 19.

Fotos da autoria da grande Rita Carmo para a revista Blitz.

quarta-feira, 25 de junho de 2008

campo pequeno

11 de Novembro no Campo Pequeno

Meus amigos aconteceu o que eu mais temia, um concerto imperdível no Campo Pequeno. Vou ter que engolir o meu orgulho e voltar a entrar naquele sítio.
Mas vou com uma grande esperança que em breve aquele lugar apenas sirva para espectáculos culturais sem violência.
Confesso que vi lá três concertos muito bons: Sonic Youth, Pogues e Faith no More.

sexta-feira, 6 de junho de 2008

O GRANDE DIA DO RIR

Há qualquer coisa nos concertos de heavy metal que os faz diferentes de todos os outros e não é o som mais brutal. O que há é uma devoção quase religiosa entre os fãs e as bandas que tornam cada concerto numa espécie de celebração ritual.
O mesmo se passou ontem, nem foi um dos melhores concertos que a banda de Los Angeles deu no nosso país mas a devoção é sempre a mesma.

Entre as bandas que tocaram ontem no RIR os Moonspell sofreram o síndrome da nacionalidade. É verdade que o facto de serem portugueses fez com que tivessem apenas as honras de abertura do festival. Há quatro anos já haviam provado que mereciam um horário melhor e ontem foram mesmo a segunda melhor banda em cima do palco. Ficaremos assim sem saber como teria soado a música dos Moonspell no enorme palco do RIR debaixo daquela belíssima lua em crescente.



Ontem ainda tinha na memória a primeira vez que vi os Apocalyptica, há cerca de doze anos atrás e confesso que não estava à espera de um som tão brutal. A diferença, é que desta vez, os três violoncelistas finlandeses trouxeram um explosivo baterista com eles, imprimindo assim um som bem mais demolidor aos seus violoncelos. Os grandes momentos do fim de tarde foram óbviamente as versões instrumentais dos Metallica.


Dos Machine Head, pouco há a dizer, com o seu som brutal deram um excelente concerto mas não consigo gostar muito da música deles deles. Ficou na memória uma excelente versão de "Hallowed be thy Name" dos Iron Maiden que fará parte de um disco de tributo à banda britânica a editar em breve.


Depois de uma longa espera e de uma extraordinária odisseia a furar no meio da multidão para encontrar um local recatado para aliviar as minhas necessidades fisiológicas e regressar para junto do Pinguim e do Dejan, começou o momento mais esperado da noite.
Quando surgiram os já familiares sons de "Ecstasy of Gold" de Ennio Morricone, desta vez sem a maravilhosa cena de Eli Wallach a correr entre as campas, surgiu aquele arrepio tão familiar destes grandes momentos.

Do concerto só posso dizer que faixas como "Bleeding me" ou "King Nothing" eram perfeitamente desnecessarias e conseguiram quebrar o ritmo de um concerto que havia começado muito bem com o clássico "Creping Death". O pessoal estava ali mesmo era para ouvir a "old shit".




Depois de tanto ouvir falar dele, foi um prazer conhecer finalmente o Dejan. Já bastava o facto do rapaz gostar de heavy metal para gostar dele mas ontem pude comprovar "in loco" a sua grande simpatia.
Pronto, confesso que fiquei com inveja porque ele conviveu pessoalmente com a banda. Por outro lado foi uma delícia ver os olhares do pessoal que nos rodeava quando ele mostrou as fotografias e os autógrafos. Pinguim tens que me arranjar algumas, POR FAVOR!

Uma última palavra de agradecimento para o Pinguim que teve a pachorra de aturar quatro bandas de heavy metal depois uma cansativa viagem do Porto para Lisboa. Foram muitas horas, e o cansaço de ambos era visível mas aposto que consegui converter mais um para a congregação metálica nacional ;)

Pinguim e Dejan um grande abraço e obrigado pela companhia e pela boleia.

Aqui, mais algumas das belíssimas fotos da grande Rita Carmo para a Blitz

Agora, Leonard Cohen, Slayer e Iron Maiden são os senhores que se seguem.

terça-feira, 3 de junho de 2008

OPERATION MINDCRIME



Eu sei que entre os meus leitores não deve haver muitos fãs de heavy metal, por isso nem tinha intenção de falar do concerto mas depois de ontem ter visto os Queensrÿche na Aula magna mudei de ideias.

"Operation Mindcrime", é um dos históricos álbuns conceptuais da história do rock mais pesado e faz 20 anos em 2008.
O disco conta a história de Nikky, um jovem dependente de drogas que é aliciado por uma organização liderada pelo misterioso Dr. X, que aproveita a sua dependência para lhe fazer uma lavagem cerebral e o levar a cometer assassínios a mando do Dr. X.



"Operation Mindcrime I"(1988) e "Operation Mindcrime II"(2006) foram os dois discos tocados e dramatizados na integra no concerto da Aula Magna. assim alguns actores interagiram com a banda para contar a história de ambos os discos. Destaque para a extraordinária Pamela Moore no papel de Sister Mary e para a aparição em vídeo de Ronnie James Dio(Dr. X no disco de 2006) que com a sua voz gravada acompanhou a música da banda.


Já em encore, o espectáculo acabou em apoteose e como um concerto normal, com o pessoal todo de pé, a abanar a carola com três clássicos da banda fora dos "operations mindcrime". O último foi este "Silent Lucidity" do álbum "Empire" de 1990.



Enquanto, não muito longe da Cidade Universitária", se reunia uma trupe infernal de pré-adolescentes para vibrar com o penteado do vocalista dos Tóquio Hotel, por ali reunia-se alguma da velha guarda dos metaleiros dos anos 80. Foi bom ver algumas caras que não via há alguns aninhos, já sem contar com os já costumeiros frequentadores destes eventos.
A maior, e não menos agradável surpresa, foi encontrar alguém que conheci por estes lados e que não estava mesmo à espera de ver num concerto de rock pesado.

Foi o início de uma semana louca sem dormir...
Quinta-feira há Metallica e Moonspell no RIR e já amanhã há noitada de trabalho até às tantas. Esta última vai ser a que me vai deitar mesmo abaixo.

segunda-feira, 28 de abril de 2008

EDSON CORDEIRO NO S. LUIZ


Apenas, um palco escuro, um piano, dois homens e uma voz. Assim foi o grande concerto de ontem à noite do contratenor brasileiro Edson Cordeiro.
Este senhor é dotado de uma voz fabulosa e fora do vulgar. Segundo parece são raros os homens capazes de cantar em quatro oitavas. Para os leigos como eu: Explica quem sabe.

O espectáculo, "Voz de Mulher" tem como intenção homenagear as mulheres que marcaram a vida do cantor brasileiro. Pelo palco do S. Luiz, passaram canções de Madonna, Nina Hagen, Carmen Miranda, Amália e Edith Piaf. A voz e a versatilidade permitem-lhe brincar entre vários géneros; da pop chunga de "Barbie Girl", até à música sertaneja, passando pela clássica; engraçada a "Habanera" e o "Hölle Rache".

Sempre à vontade em palco, o músico brasileiro é bastante divertido. Gostei da interacção com o público e das provocações ao seu pianista que não consegui fixar o nome. Foi mesmo este pianista o protagonista de um dos momentos mais deliciosos da noite ao contar as suas desventuras adolescentes por Portugal num momento de "encher chouriços" enquanto Edson trocava de roupa.

Confesso que foi muito recentemente que conheci este cantor e antes deste concerto apenas tinha visto alguns vídeos no You Tube. Adoro ir a concertos assim, quase às escuras, há sempre aquela vantagem de não sair frustrado por não cantarem a minha música preferida.

Página de Edson Cordeiro no Myspace

Por fim gostaria de agradecer ao Pinguim e aos meninos Felizes Juntos pela agradável companhia ao jantar. Um grande abraço também para o Luís Galego e para a sua esposa que se juntaram ao grupo um pouco mais tarde.
Foi com esta companhia que a noite terminou em beleza com um copo e dois dedos de conversa no bar do Bairro Alto Hotel.

terça-feira, 22 de abril de 2008

O AUSTRALIANO DAS CAVERNAS E AS MÁS SEMENTES


Ontem, regressei à capital para um dia bem preenchido com um fim de noite perfeito na companhia de Nick cave.
Aproveitei a folga para tratar de uns assuntos pessoais em Lisboa, à tarde houve, como não poderia deixar de ser, cinema. Já passava bastante das sete da tarde quando cheguei à Rua das portas de Stº Antão, como era tarde já não foi possível um jantar em condições, tive que me contentar com uma sandezita e uma cerveja numa daquelas tascas da zona. Isto, porque nestas coisas de concertos gosto sempre de chegar cedo. Além disso já sabia que a sala ia estar cheia.

A primeira boa surpresa foi o início do espectáculo, que para grande espanto meu, começou exctamente à hora marcada no bilhete. Coube a Dave Graney & the Lurid Yellow Mist a dificil tarefa de entreter as hostes. O som do compositor australiano até me pareceu bastante interessante, no entanto o pessoal estava ali para celebrar os ambientes mais negros de Cave e companhia.
Finalmente, alguns minutos depois das dez, as luzes voltam a apagar-se e ouve-se então o primeiro grande rugido da multidão, a celebração começara.

"Night of The Lotus Eaters", do novíssimo "Dig Lazarus, dig", foi a música que abriu o espectáculo. Vestido de escuro com o seu novo bigode e dançar frenético, Cave só conseguia ser suplantado na sua bizarria pelo rasputiniano Warren Ellis. O músico australiano não faz esquecer Blixa Bargeld mas consegue sempre roubar algum protagonismo ao mestre em palco.

Ao longo de mais de duas horas de concerto as músicas novas iam-se cruzando com as velhinhas, num autentico ritual de devoção e entrega de parte a parte que fez mesmo esquecer as várias falhas, que até se desculpam se pensarmos que este foi o concerto de abertura da digressão de "Lazarus". A máquina ainda não estava bem oleada, e isso notou-se principalmente nos longos intervalos entre os temas, quando a banda parecia ainda estar a decidir qual seria o tema seguinte. Directo e irreverente, como sempre não se coibiu de gozar a situação com um "It's a fucking disaster".



depois de grandes momentos com "Tupelo", "Red Right Hand", "Let Love in" e "Papa Won’t Leave You, Henry" intercalados pelo desfilar das novas canções, o concerto terminava em grande com "Stagger Lee", a versão de Cave de um dos mais musicados assassinos da história americana. Mas o melhor ainda estava para vir...

No primeiro encore Cave testa a sua inabalável relação com o público, pedindo-lhes para entoarem o "Oh Mamma!" de "Lire of Morpheus". A partir daí aumentou a empatia e começou a pedir sugestões ao público, o que alimentou um pouco uma certa idéia de improvisação. Pedida ou não, ele foi o "Wanted man, in Lisbon" que acabou o encore com um arrepiante "Into my Arms" cantado na integra em coro pela assistência.

O segundo encore foi rematado com mais dois temas de "Lazarus" "We Call Upon The Author" e "Albert Goes West".
O remate da noite foi feito com "Nobody’s Baby Now".

Nick Cave, we love you too! Volta depressa que as falhas estão perdoadas.
Hoje por esta hora ainda deve estar a tocar no Porto.

Já agora, eu não vou lá estar, mas aconselho vivamente os concertos do ex-Bad Seeds, Blixa Bargeld com os seus Einstürzende Neubauten dia 3 de Maio na Casa da Música e no dia 4 na Aula Magna

sexta-feira, 18 de abril de 2008

FIM-DE-SEMANA

O HORROR!

Foto@SAPO/Vera Moutinho





A sugestão:


Na passada quarta-feira cruzei-me com este grande senhor do norte na Springfield do Chiado. Quem sabe a comprar roupa para usar no concerto desta noite





A Fiesta:


Meus amigos, amanhã é dia de Fiesta despeço-me desde já. Um bom fim-de-semana para todos.

sexta-feira, 4 de abril de 2008

U2 3D





Por falar em música, confesso que estou com alguma curiosidade...


U2 3D

terça-feira, 1 de abril de 2008

ONTEM À NOITE



Uma noite agradável, sempre a andar à roda ao som do Chauffer Navarrus.

sábado, 1 de março de 2008

DIG, LAZARUS, DIG

Lázaro ressuscitou mas Nick Cave esteve sempre vivo. Agora está de regresso com um novo álbum, que, pelas faixas que já ouvi, vale mesmo a pena.
"Dig, Lazarus, Dig" será apresentado ao vivo em Portugal nos coliseus de Lisboa e Porto, dias 21 e 22 de Abril.
O meu bilhetinho já cá canta.
Só espero que quando cá tocar já tenho rapado aquele bigodinho.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

PRENDAS DE NATAL 2

Rufus does Judy at Carnegie Hall
Edição em DVD e em CD duplo.

Em 1961 Judy Garland dava um concerto histórico no Carnegie Hall em Nova Iorque. Algumas décadas depois Rufus Wainwright encontra a gravação do espectáculo e decide fazer um concerto na mesma sala com exactamente o mesmo alinhamento de Garland.
Rufus no seu melhor, como cantor e entertainer, num grande concerto só com versões de Judy Garland.


Judy Garland (1922-1969)


Judy Garland, uma estrela, que, ainda adolescente, já brilhava cantando "Somewhere Over the Rainbow", nesse maravilhoso filme chamado "O Feiticeiro de Oz". Talvez por isso ganhou o apreço imortal de toda a comunidade gay.


Ainda em vida Judy fez inúmeros espectáculos para a comunidade homossexual americana. Segundo li numa biografia, o seu pai seria gay assim como dois dos seus cinco maridos: Vincent Minnelli e Mark Herron.


Foi do seu casamento com Minnelli, que nasceu a cantora e actriz Lizza Minnelli.
Judy faleceu no dia 22 de junho de 1969 devido a uma overdose de barbitúricos.

Já agora como sugestão, porque não o DVD de "O Feiticeiro de Oz"?

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

CLÃ NA AULA MAGNA

Já tenho muitos concertos no currículo, por isso é muito á vontade que digo que os Clã devem ser a melhor banda portuguesa a actuar ao vivo.:
A manuela é sempre fabulosa, um autêntico animal de palco; na energia, na entrega e na emoção que empresta às canções. O Hélder com o seu caracteristco baixo é um dos melhores musicos e arranjistas da nossa praça. Do Miguel nem preciso falar, com as suas caretas, já nos habituou com a entrega do costume, seja a acompanhar a Maria João e o Laginha como o Jorge Palma. Os restantes elementos são mais discretos mas não ficam a dever nada em competência em relação a estes três.


"Vamos esta noite" foi com este premonitório título que os Clã abriram aquela que viria a ser mais uma noite memorável numa sala que já lhes trás grandes recordações. Segue-se "Mandarim" e ao terceiro tema "tirou-se a teima" e a casa veio abaixo. dentro de uma série alucinante de canções ficou na memória uma versão irreconhecível mas completamente electrizante de "O meu Estilo" num ritmo completamente demolidor, que pena os lugares serem sentados senão a vibração seria o dobro. Com "H2omem" os corpos começaram a levantar-se e a ensaiar a já famosa coreografia do tema.
Segui-se o momento mais alto do espectáculo, uma versão arrepiante de "Loja de Porcelanas". Deuses, é impossível resistir quando aquela mulher canta assim! Logo a seguir o Hélder e a Manuela, a sós no palco, para outro momento mágico: "O Sopro do Coração" numa deslumbrante versão acústica, apenas voz e guitarra, lindo!

De novo a carregar no pedal e somos brindados com a "Grande Pirâmide" que pelo meio trouxe um cheirinho do "Road to Nowhere", o meu preferido dos Talking Heads.



Já em encore, somos brindados com "Topo de Gama" e "Dançar na Corda Bamba", aqui já ninguém conseguia ficar sentado e foi a loucura total com a Aula Magna toda a dançar ao ritmo contagiante da música. Mais uma vez Manuela despediu-se do público, desta vez cantando "Adeus Amor" com um enorme barco a tiracolo de onde saiam aviões de papel que voavam entre a assistência.

No último encore veio aquela que tantos esperavam, "Problema de Expressão", uma das músicas que mais me emociona e que me tráz à memória lembranças de amores passados.
Duas horas depois lá terminava um dos melhores concertos que eu vi este ano.
Lá regressei eu para casa com aquele sorriso de "puro contentamento por algo que me foi dado".



Atenção que é já no próximo dia 12 que eles vão estar na Casa da Música. Pessoal da "inbicta" não percam!

Um cheirinho da Aula Magna:

Sexto Andar

Problema de Expressão
Sopro do Coração

Fotos: Special K

CLÃ NA AULA MAGNA, A ESPERA.



Se há coisa que adoro desde bem pequenino é música, principalmente música ao vivo. O meu trauma da adolescência era haver poucos concertos em Portugal. A única banda que passava por cá com refularidade eram os Iron Maiden, aliás durante os anos oitenta quase todos os grandes concertos foram de bandas de hard rock ou heavy metal.


Hoje em dia os concertos são tantos que o difícil é escolher.


Para mim só há dois tipos de concertos, aqueles em que se está em pé ou os sentados. Claro que prefiro os primeiros. A propósito do concerto arrasador dos Clã ontem à noite venho falar dos meus rituais durante os segundos.




neste tipo de concertos costumo sempre comprar os bilhetes mais caros para ficar o mais à frente possível,como sou baixinho é a melhor maneira de ver alguma coisa.


habitualmente chego sempre cedo, gosto de sondar o ambiente e ver quem são os famosos que vêm assistir ao evento:


-Olha o Nuno e o Sérgio! - Digo eu para a minha companhia.

-Quem são esses?

- Então?! São da banda do Sérgio Godinho!

- Olha ali o Jorge Palma! E aquele não é o David Fonseca?

Eu sei que isto parece um pouco piroso mas gosto destas coisas.



Uma outra coisa que nunca me esqueço nestes concertos é de levar p meu "gaydar" sempre muito bem afinado.

Conversa ontem à noite:


- Olha aquele casalinho joga no nosso clube.

- Claro e olha aquele, vem com uma gaja mas não engana ninguém!

- Viste o segurança à entrada? O "gaydar" quase rebentou.

- Como é que um gay vai parar a uma empresa de segurança? Será por causa de todos aqueles matulões de musculados e de farda?



Estas parvoíces ajudam sempre a passar o tempo. Quem vai a concertos cá por Lisboa já sabe que nunca começam à hora programada, este estava marcado para as 21.30 e eu já sabia que não começava antes das 22.00.


segunda-feira, 9 de julho de 2007

LIVE EARTH

Nestes dias a blogosfera tem falado muito sobre as 7 Maravilhas. Confesso que não vi o programa. Além de ter alguma alergia à TVI, estive sempre ligado à RTP a ver aquela deprimente emissão sobre o Live Earth.
A gente sabe que há por ali muita hipocrisia e que alguns músicos só lá vão para aparecer. É muito chique defender causas nobres, mas quando se vai para um concerto de jato particular e depois gritar que se deve defender o ambiente é um pouco cínico não?

Apesar disso acompanhei os concertos via internet, pois o que eu queria era música, e não ouvir umas personalidades a destilar banalidades. Destaco os meus velhinhos Duran Duran, os Metallica, Smashing Pumpkins, Jack Johnson. Mas entre os que estiveram melhor foram os Foo Fighters, grande concerto! A Madonna, não sou dos maiores fãs da música dela mas acho que deu um bom concerto. E claro, estive acordado até às 3 da manhã só para ouvir o Roger Waters tocar umas velhinhas dos Floyd e não me desiludiu. Abriu o concerto com 3 músicas de um dos meus discos preferidos de sempre, o "Dark Side of the Moon" e fechou com o previsível "Another Brick in the Wall". Viva a internet que me salvou o dia.