quarta-feira, 30 de julho de 2008

A JIHAD FOR LOVE



«Filmado clandestinamente em várias partes do globo, o documentário A Jihad for Love revela
a difícil conciliação entre o Islão e uma "opção" sexual que este condena.

A Jihad for Love pode não ser um campeão de bilheteiras, mas o documentário sobre a luta dos gays e lésbicas muçulmanos está a gozar de algum grau de aclamação por parte da crítica porque retrata um tema muitas vezes rodeado de mistério.
O seu realizador, Parvez Sharma (também ele homossexual), passou o ano a mostrá-lo em cinemas e festivais um pouco por todo o mundo - a última exibição foi na Outfest, um festival de cinema gay e lésbico de Los Angeles.




Filmado clandestinamente em 12 países ao longo de seis anos, o filme abre uma janela para as vidas dramáticas de gays e lésbicas muçulmanos que tentam conciliar a sua orientação sexual com a devoção a uma fé que condena o seu modo de vida.
Alguns foram espancados ou presos. Outros foram forçados a fugir das suas casas. Muitos têm os seus rostos filmados na obscuridade para proteger a identidade e evitar que as suas famílias sofram represálias.

Mas Sharma, 35 anos, que antes de realizar este documentário trabalhou como jornalista na Índia, explica que o seu objectivo não é atacar o Islão mas sim iniciar uma discussão sobre o dilema que força muitas pessoas a viverem vidas de um desespero silencioso. E aí, explica o realizador, é que está o significado por trás do título do filme: Jihad, sempre associada a guerra santa, significa literalmente "combate" ou "lutar no caminho de Deus".

"Há enormes diferenças entre os muçulmanos sobre a forma de lidar com a homossexualidade", diz Sharma. "Na maioria dos casos, optam por ignorar a sua existência desde que seja mantida secreta ou privada". O documentário - o primeiro deste realizador indiano -, foi filmado no Egipto, Turquia, Índia, África do Sul, França e outros países.



O problema para muitos dos entrevistados por Sharma é que eles se recusam a manter-se silenciosos ou a ignorar o seu desejo de amar apesar dos riscos. E isso conduz, invariavelmente ao conflito com a sua religião, as suas famílias, os seus países e consigo próprios.

Veja-se a experiência de Mazen, um egípcio com 20 e poucos anos que no filme é preso durante uma rusga policial a uma discoteca gay e depois acaba por ser violado na prisão. Foge para França antes que uma segunda, e mais longa, sentença de prisão lhe possa ser aplicada. Hoje mantém a sua fé no islão. "Tenho a certeza que Deus tem uma razão para tudo aquilo que me aconteceu", diz ele no filme. "Sei que ele está sempre comigo".
Depois Maryam, uma lésbica também a viver em Paris, que mantém uma relação de longa-distância com a sua namorada, Maha, no Cairo. Numa das suas visitas a França, Maha pergunta: "Porque é que não podemos viver juntas e ao mesmo tempo viver com Deus?" Maryam responde: "Não sei se isso é possível. Não sei mesmo".

Para fazer A Jihad for Love, Sharma juntou-se à produtora Sandi DuBowski, que fez o documentário de 2001 Trembling Before G-d, sobre o que é ser gay ou lésbica ao mesmo tempo que se é judeu ortodoxo ou hassídico. Embora os dois filmes abordem questões semelhantes, o documentário de Sharma foi especialmente difícil de fazer por causa dos perigos (vigilância policial e ameaça de prisão) que ele conseguiu evitar.
Sharma - que se veste com jeans, óculos de aros vermelhos e um colar com uma medalha dourada com o nome de Alá gravado em árabe - diz que muitas vezes se fez passar por turista enquanto filmava, gravando as suas entrevistas no meio de imagens inócuas.
"A maior dificuldade foi estabelecer relações de confiança com cada uma das pessoas que aparece neste filme", conta.

A Jihad for Love estreou no Festival Internacional de Cinema de Toronto no passado mês de Setembro. Desde então foi exibido em festivais na Alemanha, México, Brasil, Índia, Grécia, Turquia, África do Sul e Inglaterra. Sharma diz que alguns dos seus amigos já fizeram entrar cópias do documentário no Irão, no Paquistão e na Malásia.
O filme gerou algumas reacções negativas. Foi banido em Singapura, o Conselho Judicial Muçulmano da África do Sul declarou Sharma apóstata e o realizador recebeu já algumas ameaças de morte no seu blogue onde, diga-se, a maior parte das mensagens sobre o filme são positivas.


No Outfest, depois de verem o documentário, muitos muçulmanos - hetero e homossexuais - disseram que ficaram satisfeitos por descobrir que Sharma retratou o Islão com respeito. "Como mulher muçulmana, achei que o seu filme é incrivelmente belo e espiritualmente inspirador", disse Nagwa Ibrahim, uma advogada de 30 anos, durante uma sessão de perguntas e respostas com o realizador. "Fiquei muito comovida com a humanidade do seu filme."

Sharma explicou que a perseverança dos seus entrevistados, e a sua disponibilidade para falarem abertamente sobre a sua luta, renovou a sua própria devoção ao Islão. "Encontrei um profundo respeito pela religião através destas pessoas, através da sua imensa religiosidade", disse. "Estou mais perto do que alguma vez consegui estar da fé profunda, da fé absoluta".»


Texto: Público

Faço votos para que os programadores do Queer Lisboa se lembrem de incluir este filme na edição deste ano.

segunda-feira, 28 de julho de 2008

THE PROTAGONIST

Estamos já em plena "silly season" e como não há imaginação para melhor, dou-vos grande música associada a bons vídeos.

Hoje trago-vos uma das pérolas da lendária 4AD, os Dead Can Dance.

Nesta música não é possível desfrutar a voz de Lisa Gerrard, mas o vídeo é lindíssimo.

sábado, 26 de julho de 2008

MAD ABOUT YOU!



«Are you the fishy wine that will give me
A headache in the morning
Or just a dark blue land mine
Thatll explode without a decent warning
Give me all your true hate
And Ill translate it in our bed
Into never seen passion, never seen passion
That it why I am so mad about you
Mad about you
Mad about you»


Hooverphonic

sexta-feira, 25 de julho de 2008

EUROGAMES 2008



Já aí estão os Eurogames 08 em Barcelona. Estes não passam na televisão.

Cartazes roubados aqui: O Segredo do Noviço

quarta-feira, 23 de julho de 2008

HE'S BACK!

Dizem que é o melhor Batman de sempre. Até já se fala num Óscar póstumo para Heath Ledger.

terça-feira, 22 de julho de 2008

UMA QUESTÃO ABERRANTE


A recente eleição de Duarte Cordeiro para líder da JS, voltou a pôr o casamento entre pessoas do mesmo sexo na ordem do dia. Apesar da luta da JS para manter o assunto na agenda do PS, não vale a pena criar grandes expectativas. O tema não parece interessar ao governo e encontra grande resistência dentro do próprio partido.

Claudio Anaia, líder dos Socialistas Católicos, que já se havia pronunciado contra as palavras do líder dos jotas, veio agora dizer que esta não era "uma proposta fracturante, mas sim aberrante."

Anaia, que até é membro honorário da JS, referiu ainda à Agencia Lusa que "o casamento é uma instituição que, mesmo no plano civil, é celebrada entre pessoas de sexo diferente”. Na sua opinião – “à ideia de casamento está indissociável a constituição de uma família, que possa haver filhos, com pai e mãe”.

Ou seja, por outras palavras, este "socialista", acabou por dizer, mais ou menos, o mesmo que a líder do PSD sobre o assunto.

Eu até acredito na boa vontade do Sócrates, mas será que ele está disposto a enfrentar o lobbie católico do PS?

domingo, 20 de julho de 2008

A MINHA NOITE COM LEONARD COHEN


A tarde começou um pouco agitada. Após sair do trabalho foi uma correria para chegar cedo a Algés e ter tempo de comer qualquer coisita antes do concerto.
O "Special", indeciso, que chega a demorar uma eternidade para escolher um restaurante, entrou logo num dos primeiros que lhe apareceu pela frente. A sala nem estava cheia mas tive logo um mau pressentimento quando comecei a ver pessoas a entrar e sair logo de seguida do restaurante. Para despachar pedi logo uma dose de sardinhas, que eu calculei ser o prato de peixe mais rápido. Entretanto a sala foi enchendo e logo verifiquei que a maioria das pessoas que chegavam também iria ao concerto do Leonard Cohen.

Entretanto o tempo e as cervejas iam passando e nada de sardinhas. Durante uma hora, e com a sala cheia, só um casal que já lá estava antes de mim foi servido com dois bitoques. Quando, após uma hora, o empregado me diz que o prato ainda estava demorado pois tinham duas salas e as pessoas que estavam na outra tinham chegado primeiro. Fiquei furioso, mas como sou demasiado civilizado, paguei o pão e as cervejas e saí a correr para o local do concerto com a barriguinha bem cheia... De cerveja.


Já dentro do recinto foi só tempo de comprar mais uma cervejita para enganar a fome e chegar-me à frente. Para minha grande surpresa o concerto começou exactamente à hora marcada.
apesar de saber que ele já ia nos 73 anos, a primeira coisa em que reparei quando Cohen entrou ao som de "Dance me to the End of Love" foi como ele estava velho. Mas não tardei a constactar que a velhice estava apenas no aspecto exterior. Por dentro o músico canadiano continua um jovem e isso nota-se logo nos sorrisos de agradecimento aos muitos aplausos vindos do público.



Sem grandes ecrãs ou espectaculares efeitos de luzes deu logo para entender que o que ali se celebrava era a voz, a música e a poesia do velho trovador canadiano. O concerto foi um desfilar dos maiores clássicos de Cohen com "Hallelujah" e "Suzanne" como os dois momentos mágicos da noite. Mágico também foi "Boogie Street" um doce dueto com Sharon Robinson, uma das três vocalistas do coro de Cohen e "I'm Your Man" cantado em coro pela assistência.

Foi mesmo uma noite memorável. Leonard Cohen was my man!

No encontro de gigantes marcado para ontem apenas houve vencedores. Pelas crónicas que já li parece que o "Berlin" ao vivo do Lou Reed também foi memorável.

Imagens: Blitz

sexta-feira, 18 de julho de 2008

COHEN X REED

Aí está mais uma daquelas ocasiões em que a escolha pode dar uma enorme dor de cabeça.
Entre o histórico "Berlin", do Lou Reed ao vivo e um espectáculo da anunciada digressão de despedida do velho trovador, não hesitei e escolhi Leonard Cohen.

Acontece que já vi o Lou Reed três vezes e não gostei muito da última, que foi há dez anos num dos famosos concertos da Praça Sony durante Expo98.



Por mais que o "Berlin", o "Transformer" ou a memória dos Velvet puxem por mim, nunca vi Leonard Cohen ao vivo e esta vem anunciada como a digressão de despedida do cantor canadiano. Além disso o Cohen é mesmo um daqueles que há muito desejo ver ao vivo: Pela música, que por vezes desperta uma doce melancolia e pelos poemas; tanto os cantados como os escritos.

Dos grandes monstros sagrados, ainda falta o Tom Waits passar por cá.

PRÉMIO SOCIALISTA DO ANO


«Não se pode ser machista e ser socialista. Não se pode ser homófobo e ser socialista. Não se pode ser racista e ser socialista...»


Pedro Zerolo, secretário de Movimentos Sociais do PSOE

quarta-feira, 16 de julho de 2008

NEIL YOUNG



Confesso que tenho um certo prazer masoquista em ler crónicas sobre concertos a que não pude ir. O recente concerto de Neil Young no Alive é um deles. Às vezes quase que sinto saudades dos tempos em que só havia dois ou três concertos por ano.

Em mais de quarenta anos de carreira, Neil Young já passou pelos Buffalo Springfield, tocou com Crosby, Stills and Nash e iniciou uma carreira a solo que apesar dos seus altos e baixos, nunca deixou de ser brilhante.

Com 62 anos e após uma complicada operação a um aneurisma, seria de esperar que ele trocasse a guitarra e a harmónica pelas pantufas e pela sueca com os outros velhos no jardim.
Mas como o músico canadiano leva a sério o velho slogan de que "velhos são os trapos", voltou às cansativas digressões e não se poupou. Segundo rezam as crónicas foi mesmo um grande concerto.

Hoje deixo esta homenagem a este grande senhor. Em breve será a vez de outro gigante canadiano que tocará em breve no nosso país.

terça-feira, 15 de julho de 2008

domingo, 13 de julho de 2008

OS AMORES DE ASTREIA E CELADON


Como não encontrei nem trailer nem site oficial aqui fica o novo filme de Eric Rohmer como sugestão da semana.

Numa floresta maravilhosa, no tempo dos druidas, o pastor Céladon e a pastora Astrée vivem o seu amor puro. Um dia, enganada por um pretendente, Astrée manda Céladon embora, que, em desespero, se atira ao rio. Mas Céladon é salvo pelas ninfas. Fiel à sua palavra de não reaparecer aos olhos da sua amada, Céladon deve superar várias provas para quebrar a maldição. Louco de amor, é obrigado a disfarçar-se de mulher para conviver com a mulher que ama, mas saberá ele fazer-se reconhecer sem quebrar a sua promessa?

Realização: Eric Rohmer
Actores: Andy Gillet, Stéphanie Crayencour, Cécile Cassel, Véronique Reymond, Rosette, Jocelyn Quivrin, Mathilde Mosnier, Rodolphe Pauly, Serge Renko, Arthur Dupont, Priscilla Galland
França/Itália/Espanha, 2007
109 min

sexta-feira, 11 de julho de 2008

AI ESTES SONHOS...

O Sonho (1932)
Pablo Picasso (1881-1973)

quinta-feira, 10 de julho de 2008

SBSR


Este post de hoje está um pouco ressacado depois de mais uma grande noite de música.
Na sua 14ª edição o SBSR, além da novidade dos concertos do Porto trouxe este ano uma banda portuguesa para encerrar a noite. Os Tara Perdida tiveram a honra de fechar um palco por onde passaram dois dos maiores gigantes do heavy metal, Slayer e Iron Maiden. Quando me encontrar com o Ribas tenho que lhe perguntar qual a sensação.

A Maratona começou por volta das seis com Laureen Harris. A filha do fundador dos Iron Maiden, entrou cheia de boa vontade e conseguiu aquecer os poucos que já se chegavam ao palco mais pelos atributos físicos que pela música. O melhor da sua actuação foi "Steal Your Fire", uma cover dos Gun. O outro ponto positivo foi ter actuado descalça. Não sei porque sempre gostei de ver músicos a actuar descalços.

Depois dos Avenged Sevenfold veio um dos momentos mais esperados da noite, o regresso dos Slayer. Por vários motivos pessoais, sempre tive um grande carinho pela banda de Tom Araya, Kerry King e companhia. Foi bom recordar velhos hinos como: "War Ensemble", "Die By The Sword"(a minha preferida), "Raining Blood" e "Angel of Death".


A seguir vieram os reis da noite, e que dizer?
GRANDE CONCERTO!

Foi pena não ter acompanhado o que me pareceu um excelente concerto dos veteranos Rose Tatoo. Também não deu para ver os Tara Perdida pois o pessoal já estava de saída.



Hoje também há bons motivos para um passeio até à foz do Trancão, por lá vão passar Beck e Duran Duran. E eu que já não me aguento, estou todo partido e com uma brutal dor no pescoço, tenho que ficar por casa e torcer para que a Sic Radical transmita o concerto dos Rage Against The Machine no Oeiras Alive.

Este é o senhor que se segue, já no próximo dia 19.

Fotos da autoria da grande Rita Carmo para a revista Blitz.

quarta-feira, 9 de julho de 2008

MELHOR QUE RED BULL


Tenho andado ausente. Só para dar uma prova de vida aqui fica este vídeo que eu recebi por email. Já agora aproveito para avisar que encomendei 50 caixas desta bebida ;)

segunda-feira, 7 de julho de 2008

O JARDIM DO MUSEU

Ainda a propósito da visita ao MNAA e do comentário do Paulo sobre o jardim do museu, aqui ficam algumas fotografias tiradas naquele belíssimo terraço virado para o Tejo.


Só postei esta foto porque a Cica Revoluta é uma das plantas que mais me fascina. Estas árvores já vivem no nosso planeta desde o período jurássico e apesar do seu aspecto não têm absolutamente nada a ver com palmeiras.



domingo, 6 de julho de 2008

DESAFIO BIOGRÁFICO II

O Paulo lembrou-se de mim para responder a mais uma corrente blogosférica. Pelo que percebi o conceito do desafio não se afasta muito deste que respondi há cerca de um mês atrás.
A ideia consiste em fazer uma muito curta auto-biografia, reduzida a seis palavras que nos definam, que podem ser reforçadas por imagens e sons.

Como o tempo passa e as respostas vão variando decidi refazer o desafio, agora de uma maneira ligeiramente diferente.

Tímido:
Sim, apesar de às vezes aparentar boa disposição sou bastante tímido. Podem não acreditar mas já houve alturas, em criança, que só a perspectiva de conhecer alguém novo já era motivo para um sério ataque de ansiedade.

Nervoso:
Apesar de aparentar uma calma e serenidade constantes, sou bastante nervoso. Mas com maior ou menor dificuldade lá vou transpondo as barreiras que me surgem pelo caminho.

Romântico: "Sou aquele amante à moda antiga, do tipo que ainda oferece flores". Sou daquele género de pessoas que se comove só de olhar para uma bela lua cheia

Sensível:
Sou muito sensível. Então se estiver sózinho choro por tudo ou por nada. Seja com uma música, uma obra de arte ou apenas uma cena mais lamecha de um filme. Se estiver acompanhado já consigo conter um pouco as minhas emoções.

Acomodado:
Ou preguiçoso, não sei. Sei que vou agora fazer um enorme sacríficio com algo que já devia ter feito há muitos anos. Só porque me deixei acomodar à minha boa vidinha, um pouco hedonista. Agora quase quarentão vou ter que andar todos os dias a correr do trabalho para a universidade e da universidade para casa às tantas da noite.

Sonhador:
Dreamer - Supertramp

sábado, 5 de julho de 2008

S. SEBASTIÃO


Há muito que não visitava o Museu Nacional de Arte Antiga. Apesar dos Tiepolos, das Tentações do Bosch e dos Painéis de S. Vicente, foi este Martírio de S. Sebastião de Gregório Lopes que me prendeu mais a atenção.

sexta-feira, 4 de julho de 2008

THE STORY



«All of these lines across my face
Tell you the story of who I am
So many stories of where I've been
And how I got to where I am


But these stories don't mean anything
When you've got no one to tell them to
It's true...I was made for you»

Brandi Carlile
"The story"

Há anúncios que valem a pena. Este até dá vontade de o ver e ouvir com uma loira bem geladinha nas mãos.

PROMOÇÃO?

Ou foi a baixa do IVA?

quinta-feira, 3 de julho de 2008

O FALO



Falo
De ti
Falo
Mole
Em fole
Triste

Falo
De ti
Falo
Torto
Morto
Que dás dó
Falo
Louco
Viste
O gozo
Riste
Doido
E não só
Falo
Em riste
Querido
Vivo
Grito
Entra

Falo
Hirto
Fá-lo
Louco
Nosso gozo
E tão só

Nhári Viana


Falo
Distante
Ausente
Presente
Sempre o falo
De que falo fá-lo

Cresce
Acresce
Robustece
Endurece
Oferece-se
Enterra-se
(em mim)
Chora, cede
E adormece

O falo de que falo fá-lo

Nhári Viana


Momento pedagógico:



Meus amigos, isto não é nenhuma brincadeira maliciosa em photoshop. É apenas um simples cogumelo.

Em micologia o Phallus Impudicus é o nome científico de a uma espécie de cogumelo muito comum na América do Norte e na Europa (Portugal incluído).

Este fungo, é conhecido pela sua forma fálica e pelo cheiro nauseabundo. Tal facto não o impede de ser comestível e de sabor bastante apreciado ;)

quarta-feira, 2 de julho de 2008

LÁ VOLTOU A AZEDAR O LEITE


Dedicado à Manuela Azeda o Leite.

DN online

Público última hora

VESOUL


Quando decidi postar esta música pensei logo no Unfurry, o mestre da música francófona :)
Desde há muito que o Brel é dos interpretes em língua francesa que mais me toca. Acho que é de toda aquela emoção que ele consegue pôr na voz.

T'as voulu voir Vierzon
Et on a vu Vierzon
T'as voulu voir Vesoul
Et on on a vu Vesoul
T'as voulu voir Honfleur
Et on a vu Honfleur
T'as voulu voir Hambourg
Et on a vu Hambourg
J'ai voulu voir Anvers
Et on a revu Hambourg
J'ai voulu voir ta sœur
Et on a vu ta mère
Comme toujours

T'as plus aimé Vierzon
Et on a quitté Vierzon
T'as plus aimé Vesoul
Et on a quitté Vesoul
T'as plus aimé Honfleur
Et on a quitté Honfleur
T'as plus aimé Hambourg
Et on a quité Hambourg
T'as voulu voir Anvers
Et on n'a vu qu'ses faubourgs
Tu n'as plus aimé ta mère
Et on a quitté sa sœur
Comme toujours

Et je te le dis
Je n'irai pas plus loin
Mais je te préviens
J'irai pas à Paris
D'ailleurs j'ai horreur
De tous les flons flons
De la valse musette
Et de l'accordéeon
T'as voulu voir Paris
Et on a vu Paris
T'as voulu voir Dutronc
Et on a vu Dutronc
J'ai voulu voir ta sœur
J'ai vu le mont Valérien
T'as voulu voir Hortense
Elle était dans l'Cantal
J'ai voulu voir Byzance
Et on a vu Pigalle
À la gare Saint-Lazare
J'ai vu les Fleurs du Mal
Par hasard

T'as plus aimé Paris
Et on a quité Paris
T'as plus aimé Dutronc
Et on a quitté Dutronc
Maintenant je confonds ta sœur
Et le mont Valérien
De ce que je sais d'Hortense
J'irai plus dans l'Cantal
Et tant pis pour Byzance
Puisque j'ai vu Pigalle
Et la gare Saint-Lazare
C'est cher et ça fait mal
Au hasard

Et je te le redis chauffe Marcel
Je n'irai pas plus loin
Mais je te préviens kaï kaï
Le voyage est fini
D'ailleurs j'ai horreur
De tous les flons flons
De la valse musette
Et de l'accordéon

T'as voulu voir Vierzon
Et on a vu Vierzon
T'as voulu voir Vesoul
Et on on a vu Vesoul
T'as voulu voir Honfleur
Et on a vu Honfleur
T'as voulu voir Hambourg
Et on a vu Hambourg
J'ai voulu voir Anvers
Et on a revu Hambourg
J'ai voulu voir ta sœur
Et on a vu ta mère
Comme toujours

T'as plus aimé Vierzon
Et on a quitté Vierzon... chauffe... chauffe
T'as plus aimé Vesoul
Et on a quitté Vesoul
T'as plus aimé Honfleur
Et on a quitté Honfleur
T'as plus aimé Hambourg
Et on a quité Hambourg
T'as voulu voir Anvers
Et on n'a vu qu'ses faubourgs
Tu n'as plus aimé ta mère
Et on a quitté sa sœur
Comme toujours ... Chauffez les gars

Mais mais je te le reredis ... Kaï
Je n'irai pas plus loin
Mais je te préviens
J'irai pas à Paris
D'ailleurs j'ai horreur
De tous les flons flons
De la valse musette
Et de l'accordéon
T'as voulu voir Paris
Et on a vu Paris
T'as voulu voir Dutronc
Et on a vu Dutronc
J'ai voulu voir ta sœur
J'ai vu le mont Valérien
T'as voulu voir Hortense
Elle était dans l'Cantal
J'ai voulu voir Byzance
Et on a vu Pigalle
À la gare Saint-Lazare
J'ai vu les Fleurs du Mal
Par hasard

Letra e música: Jacques Brel

PLANTAR BATATAS


Um velho árabe muçulmano iraquiano, a viver há mais de 40 anos nos
EUA, quer plantar batatas no seu jardim, mas cavar a terra já é um
trabalho demasiado pesado para ele.
O seu filho único, Ahmed, está a estudar em França, e o velhote
envia-lhe a seguinte mensagem:

Querido Ahmed,

Sinto-me mal porque este ano não vou poder plantar batatas no jardim.
Já estou demasiado velho para cavar a terra.
Se tu estivesses aqui, todos estes problemas desapareceriam.
Sei que tu remexerias e prepararias toda a terra.
Beijos

Papá

Poucos dias depois, recebe a seguinte mensagem:

Querido pai,
Se fazes favor, não toques na terra desse jardim.
Escondi aí umas coisas.
Beijos
Ahmed

Na madrugada seguinte, aparecem no local a polícia, agentes do FBI, da
CIA, os SWAT, os Rangers, os Marines, Steven Seagal, Silvester
Stallone, Arnold Schwarzenegger e alguns mais da elite dos EUA, bem como representantes do
Pentágono, da Secretaria de Estado, do Mayor, etc.
Removem toda a terra do jardim procurando bombas, ou material para as
construir, antrax, etc.
Não encontram nada e vão-se embora, não sem antes interrogarem o
velhote, que não fazia a mínima ideia do que eles buscavam.
Nesse mesmo dia, o velhote recebe outra mensagem:

Querido pai,
Certamente a terra já está pronta para plantar as batatas.
Foi o melhor que pude fazer, dadas as circunstâncias.
Beijos
Ahmed

Recebido por email.

terça-feira, 1 de julho de 2008