sábado, 26 de maio de 2007

SIGILO



A vida simplesmente como contar segredos,
Eu estou dentro de ti,
Tu fora de ti.
Tu entras, tudo sai
Fecho os meus lábios perante os teus, molhados.
Eu sou o estranho quando sentes um estranho em ti próprio.

Uma nuvem morre nos teus lábios,
eu fecho as janelas da minha alma.

Um mar afoga-se nos teus lábios,
Não tenho outras janelas para fechar.

Tudo está contido.
Fecham-se as portas
porque os segredos verdadeiros não são para ser vistos.

Fernando Ribeiro

Imagem: Paulo Madeira

Tirada de: Olhares

3 comentários:

Anônimo disse...

Belíssimo poema!:)
És mesmo especial, tens uma sensibilidade incrível:)
beijos

Alma Nova ® disse...

E outra vez a tua sensibilidade fica bem patente a quem te souber ler. Belo poema, belíssima escolha. Jokitas.

Sarracenia purpurea disse...

Lindo poema :)