quinta-feira, 15 de maio de 2008

A EMANCIPAÇÃO FEMININA E A REVOLUÇÃO SEXUAL


Durante a Segunda Guerra Mundial, com a Europa práticamente rendida às forças alemãs, a Inglaterra teve que suportar um brutal esforço de guerra. A maior parte dos homens estava na frente de combate mas o país não podia parar. Assim as mulheres tomaram o lugar dos homens nas fábricas, nos estaleiros, a conduzir comboios ou a operar máquinas. A industria bélica estava mais activa que nunca e eram as mulheres que construiam os tanques, as armas e os aviões.
Com os homens fora eram elas que agora tomavam o lugar deles.


Depois da guerra nada voltou a ser como dantes. Se precisaram delas naquela altura de crise não era agora que as mulheres iam permitir que as relegassem de novo para segundo plano.


A verdadeira revolução feminina começou quando Katherine Mccormick e Margaret Sanger desafiaram e financiaram o cientista Gregory Pincus para que criasse uma pílula contra a gravidez que fosse fácil de usar, eficiente e barata.

O trabalho de Pincus deu frutos e em 1957 era aprovada a venda do Enovid-10, um contraceptivo oral vendido como um medicamento para complicações menstruais. Só a 18 de Novembro de 1960 seria abertamente aprovada a sua venda como método contraceptivo.

Com a pílula a mulher estava agora livre para viver em pleno a sua sexualidade sem o receio de engravidar. A generalização do uso do contraceptivo oral não foi fácil, perante a resistência da igreja e da sociedade machista, muitas mulheres foram obrigadas a tomá-lo à revelia dos próprios maridos.

Em 1967, apenas alguns meses antes do início dos protestos do Maio de 1968, era aprovada a venda da pílula em França.



A pílula foi a grande invenção que permitiu a libertação da mulher e conduziu à grande revolução sexual que levou ao Maio de 68 e ao "Verão do Amor".

Em 1969 a revolução sexual e a contestação à guerra do Vietname atingiam o seu auge com 3 dias de amor, paz e música, em Woodstock, uma pequena localidade rural do Estado de Nova Iorque.



Canned Heat - Going up the Country

16 comentários:

João Roque disse...

E ainda há quem não goste de mulheres; eu adoro-as, só as dispenso numa coisa, mas tenho vergonha de dizer qual...
Abraço.

Moi disse...

Mas não é mau; só peca pela falta de química- preciso de agarrar razão física!
Vi onteontem um documentário sobre as mulheres na alemanha pós-guerra, separada na ideologia em diferentes níveis de emancipação: é como dizes, K. E a ascenção da igualdade deveu-se ao flowerpower! Grandes Mulheres que reinarão sobre os Homens (aos poucos... uma forma mais sensível de exercer o poder!)
Abraço

Fogo disse...

Após algum tempo longe estou de volta..
Mas com novo blog..
Beijinhos
http://tartarugadiferente.blogspot.com/

Anônimo disse...

Mas infelizmente, por cá, ainda se teima em olhar para as mulheres com o ar paternalista de quem tem de as "integrar", com quotas de presença, participação e outros disparates. Já viste a publicidade?! Alguma faz das mulheres umas anormais (não, não me estou a referir à exploração do corpo).
Esta gente ainda não percebeu que elas já estão em maioria nas escolas e nas universidades. E ainda não percebeu que, mais tarde ou mais cedo, por mérito próprio, vão estar nas vanguardas que impelem o mundo.

(Hum... ao tempo que não ouvia Canned Heat. E olha, agora deu-me vontade de ir ouvir Jethro Tull).

Anônimo disse...

No Ocidente o menosprezo da importãncia social da mulher deve-se essencialmente aos arquétipos judaico-cristãos. Por isso, quer queiramos quer não, o pós-guerra modificou as diversas sociedades do mundo. Ou seja, a partir daí passou-se a relevar bastante o respeito dos direitos humanos a nível político.
Desde então o papel da mulher na sociedade passou a ser determinante em muitos aspectos.
O ano de 1968 é um marco importante na história contemporânea, pois é rico em acontecimentos relacionados com a luta pela liberdade e igualdade.
Acredito que o séc. XXI será o século das mulheres...

Anônimo disse...

Bom post!
Beijos

Special K disse...

Pinguim, diz lá....
;)
Um abraço

Special K disse...

Moi: Correndo o risco de me acharem machista, nem sempre é verdade é verdade que a maneira de as mulheres exercerem o poder é mais sensível. Conheço alguns exemplos pessoais mas dou-te dois bem famosos: Margareth Tatcher e Manuela Ferreira Leite. Elas podem ter muitas qualidades mas sensibilidade de certeza que não.
Um abraço.

Special K disse...

bem-vinda de volta tartaruguinha de fogo.
bjks

Special K disse...

Catatau, vão estar mesmo. Um bom exemplo é a senhora Clinton, se bem que eu não a ache o melhor candidato para a dita corrida.
Quanto à música, as flautas no rock lembram sempre os Jethro Tull.
Um abraço.

Special K disse...

Paracletus: Como já disse ao Catatau, acredito bem que sim.
Um abraço.

Special K disse...

Gitas: Obrigado. Bjks

Alma Nova ® disse...

Sem dúvida que esta grande e inovadora invenção retirou o "cadafalso" de cima da cabeça das mulheres...mas, perguntou eu, será que hoje, em que tantos e tão divulgados métodos contraceptivos existem, para além de uma vasta gama de informação sobre o tema, a sexualidade é vista e vivida com responsabilidade, honestidade e, sobretudo, com amor?...

Anônimo disse...

e elas nunca mais foram as mesmas!!! pena que nem sempre a pílula faça efeito.... ;) hehehe
beijos :*

Special K disse...

Alma Nova: É bem verdade que muita gente ainda não sabe viver a sua sexualidade em pleno de uma maneira responsável. Por outro lado também parece que a ideia de planeamento familiar ainda é um assunto tabu. Porquê tanta resisistencia contra o planeamento familiar e educação sexual nas escolas?
Um beijo.

Special K disse...

Lua (
Pois, és capaz de ter razão embora eu não tenha queixas quanto a isso. O certo é que para alguma mulheres ainda tem muitas contra-indicações.
Beijos