sábado, 10 de maio de 2008

D. JOÃO VI HOMOSSEXUAL?

D. João VI (1767-1826)

A propósito dos 200 anos da chegada da corte ao Brasil, venho descobrir, com alguma surpresa, que o rei D. João VI mantinha relações com o seu favorito, o Tenente General Francisco Rufino de Souza Lobato.

Segundo o historiador Tobias Monteiro, D. João VI, seria regularmente masturbado pelo seu favorito. O facto teria sido testeminhado por um tal padre Miguel que servia na Fazenda de Santa Cruz, local de repouso e férias da família real. O testemunho do padre é a única fonte desta informação. Não há grandes certezas sobre a veracidade do depoimento deste membro do clero, o certo é que foi desterrado para o bispado de Angola após o mesmo.

Outro facto pertinente foi a atribuição do título de Visconde de Vila Nova da Rainha a Francisco Rufino por D. João VI, elevando à nobreza, pela primeira vez, um servidor particular do Palácio.

Talvez nunca se saiba se a história é verdadeira. O facto é que com uma esposa como Carlota Joaquina, feia como um bode, e que alegadamente, não se cansava de enfeitar a testa do pobre monarca, não é de admirar que também este gostasse de dar as suas facadinhas.


Maria Leopoldina Josefa Carolina de Habsburgo (1797-1826)

A homossexualidade nas cortes europeias não é surpresa para ninguém, por isso não é de estranhar que esta também existisse na corte portuguesa no Brasil.
Ao mais alto nível, além do caso de D. João VI, também a sua nora, D. Leopoldina, Arquiduquesa da Áustria, casada com o Principe D. Pedro, futuro D. Pedro IV de Portugal e primeiro Imperador do Brasil, teria um caso com a sua dama de companhia Maria Graham.

São conhecidas várias cartas que revelam uma grande ternura e amor entre as duas.
A vida conjugal da pobre imperatriz não foi muito feliz pois era constantemente afrontada pelas infidelidades do seu marido com D. Domitila de Castro, a Marquesa de Santos. Por isso também não é de estranhar que também ela procurasse outros colos.

Ainda não comecei o meu curso de História e já estou a descobrir coisas interessantes que de certeza nunca vão aparecer nos manuais escolares.

19 comentários:

Anônimo disse...

Já me tinham chegado uns zunzuns a respeito de D. João VI. ;)
E já agora, não sei se sabes que D. Pedro I, ao que consta (além de Inês de Castro, D. Constança Manuel e Teresa Lourenço - mãe de D. João I), teve pelo menos mais uma paixão: o escudeiro Afonso Madeira. Fernão Lopes, matreiro como sempre referia que o rei amava o escudeiro "mais do que aqui se deve dizer". Entretanto, o escudeiro embeiçou-se por uma dama da corte e o rei, furioso, mandou - ainda segundo Fernão Lopes - "cortar-lhe aqueles membros que os homens em mais apreço têm". Que raio de vingança! :P
Em resumo: "Afonso Madeira foi pensado e curou-se, mas engrossou nas pernas e no corpo e viveu alguns anos com o rosto engelhado e sem barba". ´
É no que dá trair um rei, rsrsrsrs.

Special K disse...

Catatau, não conhecia estes gostos de D. pedro I, ainda mais sabendo que ele manteve casos com várias mulheres.
O castigo do rei não é nada surpreendente, ele era impiedoso com quem o traia.
Com cerca de três dezenas de monarcas é bem natural que haja mais casos destes. Reis ou não, são sempre humanos.
Um abraço.

Anônimo disse...

Sempre houve em todos os temps homossexualidade:)
Beijos

MrTBear disse...

Não era nada gay, isso é uma mentira descarada!!!!!
Ele não gostava é de ter trabalho e o Rufino gostava muito de fazer alteres...
Topas???

João Roque disse...

Eu adoro História e "isso" é História; contem mais coisas...
E o D.Sebastião era ou não era???
Abraços.

O Fugitivo disse...

Nunca vi referências sérias relativas a uma possível homossexualidade de D. Sebastião. Os seus estudiosos falam de uma acentuada misoginia e de vários problemas de cunho sexual derivados, provavelemnte, por disfunções biológicas originadas pela consanguinidade. A tradição talvez associe esse seu carácter, moldado numa educação marcadamente religiosa, à homossexualidade. Mas, parece-me que não passa de interpretação abusiva e preconceituosa.
E já agora parabéns pela opção pela História. Felicidades.
Abraço

Socrates daSilva disse...

Porque os reis não haveriam de ter sentimentos como o comum dos mortais? Já bastava a maneira em que lhes arranjavam o casamento.
Mas, entre factos e boatos as coisas vão-se falando.
Abraço

Will disse...

Também tive conhecimento destes factos a propósito de uma exposição que decorreu em Salvador da Bahia para comemorar os 200 anos da chagada da família real ao Brasil: parece que o povo irmão ainda é mais curioso do que nós, eheheh!

Oz disse...

Com casamentos impostos desde muito cedo, mais até do que apenas sexo, muitos deles desenvolviam laços de afecto com quem lhes estava mais próximo.
Abraço.

Special K disse...

Gitas: Sempre houve e sempre haverá.
Beijos

Special K disse...

Mrtbear: Eu lembrei-me dessa do comodismo. Os reis sempre tiveram criados para tudo. Como a Carlota não lhe dava assistência e um rei que se preze ão faz dessas coisas teve que arranjar quem lhe fizesse o serviço ;)
Um abraço.

Special K disse...

Pinguim: Como diz o Fugitivo, apenas há suspeitas. Também não sei de nada que prove a sua suposta homossexualidade.
Um abraço.

Special K disse...

Fugitivo, adorei esse teu visual Magritte está entre os meus favoritos. Obrigado pelas tuas palavras, pela minha experiência escolar nunca pensei que houvesse tanta gente a gostar de História.
Um abraço.

Special K disse...

Tens toda a razão Sócrates. Lembro mesmo o caso da Carlota Joaquina que ainda era uma criança quando foi prometida a D. João VI. Pior ainda foi D. Maria I que teve que casar com o próprio tio D. Pedro III, irmão de seu pai. Por isso é que D. João VI saiu com aquele ar meio louco.
Um abraço.

Special K disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Special K disse...

Meu caro Will, só mesmo os brasileiros para descobrirem estas coisas. Foi também devido a essa exposição que fiquei a saber destes factos.
Um abraço.

Special K disse...

Oz:
A vida deles não era fácil, alguns tiveram vidas conjugais muito tristes. principalmente as mulheres que eram obrigadas a comer e calar as infedilidades dos maridos.
Um abraço.

André disse...

eu conhecia essa história de d. pedro I com o aio... sobre essa é que gostaria de ler/saber mais... Acho que os Lusíadas deveriam ser reescritos, eh eh... faz investigações sobre o assunto e depois publica! tens um comprador dessa futura tese! Abraço.

Special K disse...

André Benjamim: Se o D. Pedro quisesse casar com o aio em vez da D. Inês de Castro, aí é que dava mesmo o badagaio ao Afonso IV. Essa o Camões não cantava com certeza.
Quanto ao D. João VI há muitos artigos na net mas podes ler aqui no "Vidas": http://va.vidasalternativas.eu/?p=619


Um abraço