A MARCHA

Eu sei que disse que não ia comparecer na marcha mas como até nem fui trabalhar decidi aparecer por lá. Devo confessar que a minha estreia nestas coisas até que foi muito divertida.
Á noite o arraial esteve também bastante animado eu é que tive de sair cedo pois isto de se depender do comboio para ir para casa é sempre chato, a vantagem é que sempre se pode beber à vontade.
Quanto à música, o meu lado melómano não aprecia muito o som de djs ou de música de dança. Gostei do som inicial, um pouco retro com alguns hinos gay famosos, penso que a responsável foi a sra Lara Soft pois já a tinha visto no centro comunitário da ILGA a pôr discos.

Se há coisa que eu gosto é de reparar nas pessoas e estudar as suas reacções. Confesso que ia à espera de caras feias e de um ou outro insulto mas tal não aconteceu , foi giro de reparar que as mulheres aceitavam com mais naturalidade que os homens, vinha tudo às portas das lojas ou às janelas. lembro-me de duas jovens com um ar muito divertido enquanto que o rapaz que estava com elas olhava para a cena com um olhar entre o incrédulo e o enojado. De rir foram algumas das entrevistas feitas pelas televisões às pessoas que assistiam à marcha na zona dos antigos armazéns do Chiado.

E assim desceu a marcha até ao Rossio, o calor apertava e já estava na hora de beber uma cervejinha.

Para o ano há mais.