sábado, 31 de março de 2007
sexta-feira, 30 de março de 2007
quinta-feira, 29 de março de 2007
CANTIGAS INFANTIS
Joaninha voa voa
Que o teu pai está em Lisboa
A tua mãe no Moinho
A comer pão com toucinho
Joaninha voa voa
Que o teu pai está em Lisboa
Com um rabinho de sardinha
Para comer, que mais não tinha
Lagarto Pintado
Lagarto pintado, quem te pintou?
Foi uma menina que por aqui passou
Lagarto verde, que te esverdeou?
Foi uma galinha que aqui passou
Lagarto azul, que te azulou?
Foi a onda do mar que me molhou
Lagarto amarelo, que te amarelou?
Foi o sol poente que em mim pisou
Lagarto encarnado, que te encarniçou?
Foi uma papoila que para mim olhou
Malmequer
Malmequer, bem me quer,
muito, pouco, nada.
Eu gosto de ti do sol e do mar.
E de todos os meninos,
que vejo a brincar.
Malmequer, bem me quer,
muito, pouco, nada.
AMOR DE SONHO
Levemente musculado.
A pele suavemente depilada,
O olhar meigo e doce
Um sorriso carinhoso.
Onde andas tu
Meu amor de sonho?
Vem até mim
Abraça-me, possui-me.
Vem, não tenhas medo
De ser o meu homem
Dentro de mim…
Special K
Também em My Sensual World
terça-feira, 27 de março de 2007
PORQUE GOSTO DE POESIA
não se sabe de onde e pousam
no livro que lês.
Quando fechas o livro, eles alçam vôo
como de um alçapão.
Eles não têm pouso
nem porto;
alimentam-se um instante em cada
par de mãos e partem.
E olhas, então, essas tuas mãos vazias,
no maravilhado espanto de saberes
que o alimento deles já estava em ti...
Mário Quintana
domingo, 25 de março de 2007
SERÁ QUE SOMOS EUROPEUS?
sábado, 24 de março de 2007
One Day Without Your Computer - Shutdownday
Um dia sem computador?
Nem pensem, sou blogodependente. Já basta quando vou de férias.
sexta-feira, 23 de março de 2007
Yazoo Only You
Uma recordação:
Looking from a window above
Is like a story of love
Can you hear me ?
'Came back only yesterday
We're moving further away
'Want you near me
All I needed was the love you gave
All I needed for another day
And all I ever knew...
Only you
Sometimes when I think of her name
When it's only a game
And I need you
Listen to the words that you say
It's getting harder to stay
When I see you
All I needed was the love you gave
All I needed for another day
And all I ever knew
Only you
This is gonna take a long time
And I wonder what's mine
Can I take no more ?
Wonder if you'll understand
It's just the touch of your hand
Behind a closed door
All I needed was the love you gave
All I needed for another day
And all I ever knew...
Only you
quinta-feira, 22 de março de 2007
quarta-feira, 21 de março de 2007
DIA INTERNACIONAL DA POESIA
O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.
E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração.
Fernando Pessoa
PRIMAVERA
O campo despe a veste de estamenha;
Não há árvore nenhuma que não tenha
O coração aberto, todo em flor!
Ah! Deixa-te vogar, calmo, ao sabor
Da vida... não há bem que nos não venha
Dum mal que o nosso orgulho em vão desdenha!
Não há bem que não possa ser melhor!
Também despi meu triste burel pardo,
E agora cheiro a rosmaninho e a nardo
E ando agora tonta, à tua espera...
Pus rosas cor-de-rosa em meus cabelos...
Parecem um rosal! Vem desprendê-los!
Meu Amor, meu Amor, é Primavera!...
Florbela Espanca
segunda-feira, 19 de março de 2007
sábado, 17 de março de 2007
NOTAS PARA O DIÁRIO
mas, sílabas sibilantes, lâmpadas acesas, corpos palpáveis,
vivos e limpos.
a dor de todas as ruas vazias.
sinto-me capaz de caminhar na língua aguçada deste
silêncio. e na sua simplicidade, na sua clareza, no seu abis-
mo.
sinto-me capaz de acabar com esse vácuo, e de aca-
bar comigo mesmo.
a dor de todas as ruas vazias.
mas gosto da noite e do riso de cinzas. gosto do
deserto, e do acaso da vida. gosto dos enganos, da sorte e
dos encontros inesperados.
pernoito quase sempre no lado sagrado do meu cora-
ção, ou onde o medo tem a precaridade doutro corpo.
a dor de todas as ruas vazias.
pois bem, mário - o paraíso sabe-se que chega a lis-
boa na fragata do alfeite. basta pôr uma lua nervosa no
cimo do mastro, e mandar arrear o velame.
é isto que é preciso dizer: daqui ninguém sai sem
cadastro.
a dor de todas as ruas vazias.
sujo os olhos com sangue. chove torrencialmente. o
filme acabou. não nos conheceremos nunca.
a dor de todas as ruas vazias.
os poemas adormeceram no desassossego da idade.
fulguram na perturbação de um tempo cada dia mais
curto. e, por vezes, ouço-os no transe da noite. assolam-me
as imagens, rasgam-me as metáforas insidiosas, porcas. ..e
nada escrevo.
o regresso à escrita terminou. a vida toda fodida - e
a alma esburacada por uma agonia tamanho deste mar.
a dor de todas as ruas vazias.
Al Berto,
sexta-feira, 16 de março de 2007
quarta-feira, 14 de março de 2007
ANO EUROPEU DA IGUALDADE
VATICANO DE MAL A PIOR
segunda-feira, 12 de março de 2007
WHO WILL LOVE ME NOW?
It has done terrible things
So in the wood, it's hiding
And this is the song it sings
Who will love me now?
Who will ever love me?
Who will say to me
"You are my desire, I set you free?"
(Who will love me now?)
Who will forgive and make me live again?
Who will bring me back to the world again?
In the forest, is a monster
And it looks so very much like me
Will someone hear me singing?
Please save me, please rescue me
Who will love me now?
Who will ever love me?
Who will say to me
"You are my desire, I set you free?"
Who will love me now?
Who will ever love me?
Who will say to me
"You are my desire, I set you free?"
(Who will love me now?)
(Who will ever love me?)
Who will love me now?
Who will ever love me?
Who will love me now?
Who will ever love me?
Who will love me now?
Who will ever love me?
P. J. Harvey
domingo, 11 de março de 2007
SENSATION
Picoté par les blés, fouler l’herbe menue:
Rêveur, j’en sentirai la fraîcheur à mes pieds:
Je laisserai le vent baigner ma tête nue.
Je ne parlerai pas, je ne penserai rien…
Mais un amour immense entrera dans mon âme,
Et, j’irai loin, bien loin; comme un bohémien
Par la Nature, — heureux comme avec une femme!
Arthur Rimbaud 1854-1891
Nas belas tardes de verão, pelas estradas irei,
Roçando os trigais, pisando a relva miúda:
Sonhador, a meus pés seu frescor sentirei:
E o vento banhando-me a cabeça desnuda.
Nada falarei, não pensarei em nada:
Mas um amor imenso me irá envolver,
E irei longe, bem longe, a alma despreocupada,
Pela Natureza — feliz como com uma mulher.
Arthur Rimbaud 1854-1891
sexta-feira, 9 de março de 2007
HOMOFOBIA NO MUNDO
World Legal Map on legislations affecting LGBT people around the world by French Newspaper Le Monde and ILGA.
LEI DO ABORTO APROVADA NO DIA DA MULHER
Ana Manso, Pedro Duarte, Miguel Relvas, José Eduardo Martins, Sérgio Vieira, Agostinho Branquinho, Mendes Bota, José Raul dos Santos, Pedro Pinto e Emídio Guerreiro votaram a favor do projecto de lei do PS, PCP, BE e Verdes.
Três deputados do PSD, incluindo Luís Campos Ferreira e José Matos Correia, foram os únicos a abster-se.
A maioria do PSD, incluindo o líder parlamentar, Marques Guedes, e o ex-presidente do partido Pedro Santana Lopes, votou contra o diploma.
O mesmo fizeram o CDS-PP e as três deputadas independentes da bancada socialista Teresa Venda, Maria do Rosário Carneiro e Matilde Sousa Franco.
O presidente do PSD, Marques Mendes, estava ausente por se encontrar numa reunião do Partido Popular Europeu (PPE), em Bruxelas, e a deputada do CDS-PP Teresa Caeiro preferiu sair do plenário e não participar na votação.
O projecto de lei conjunto do PS e da oposição de esquerda despenaliza o aborto realizado por opção da mulher nas primeiras dez semanas de gravidez, mudando uma lei que tem 23 anos, na sequência do referendo de 11 de Fevereiro.
A mulher será obrigada a um «período de reflexão não inferior a três dias» após uma «primeira consulta» em que lhe será informação sobre as condições de realização do aborto, as suas consequências e os apoios do Estado à prossecução da gravidez. Diário Digital
FINALMENTE!
Agora só falta a aprovação do Presidente da República
quinta-feira, 8 de março de 2007
WOMAN TODOS OS DIAS
Woman I can hardly express
My mixed emotions at my thoughtlessness
After all I'm forever in your debt
And woman I will try to express
My inner feelings and thankfulness
For showing me the meaning of success
Ooh, well, well
Doo, doo, doo, doo, doo
Ooh, well, well
Doo, doo, doo, doo, doo
Woman I know you understand
The little child inside of the man
Please remember my life is in your hands
And woman hold me close to your heart
However distant don't keep us apart
After all it is written in the stars
Ooh, well, well
Doo, doo, doo, doo, doo
Ooh, well, well
Doo, doo, doo, doo, doo
Wellll
Woman please let me explain
I never meant to cause you sorrow or pain
So let me tell you again and again and again
I love you, yeah, yeah
Now and forever
I love you, yeah, yeah
Now and forever
I love you, yeah, yeah
Now and forever
I love you, yeah, yeah
John Lennon
segunda-feira, 5 de março de 2007
TINTORETTO NO MUSEU DO PRADO
Esta é a maior exposição dedicada ao pintor veneziano Tintoretto (1518?-1594), a ser organizada desde a que esteve patente no Palazzo Pesaro de Veneza, em 1937. Reúne cerca de 70 obras procedentes dos principais museus e instituições europeias e norte-americanas que conservam trabalhos do artista e constitui a primeira antológica devotada a Tintoretto em Espanha, para além da única monográfica que se celebra no mundo em 70 anos.
Comissariada por Miguel Falomir, chefe do Departamento de Pintura Italiana do Museu do Prado, a exposição percorre a longeva carreira do mestre, mostrando a sua amplitude de registos e a sua dedicação a todos os géneros, dando especial destaque à sua dimensão como pintor narrativo religioso, onde alcançou maiores feitos. A mostra permitirá contemplar juntas, pela primeira vez em 400 anos, duas das suas obras-primas de temática religiosa, pintadas para a igreja de San Marcuola, em Veneza: “A Última Ceia” e “Lava-pés”, esta segunda pertencente ao Museu do Prado. Inclui igualmente algumas das suas principais composições mitológicas («Venus, Vulcano e Marte» da Pinacoteca de Munique; «Origem da Via Láctea» da Galeria Nacional de Londres) e exemplos da sua actividade como retratista provenientes do Museu de Arte de Filadélfia (EUA), do Museu do Louvre (França) e do Museu de Arte e História de Viena (Áustria).
A exposição aprofunda especialmente o processo criativo do pintor, concedendo grande importância ao desenho como instrumento de aprendizagem, experimentação e composição, assim como a aspectos técnicos integrados dentro do próprio discurso expositivo.
30-01-2007 a 13-05-2007
3ª-Dom: 09h00-20h00
Entrada: EUR 6,00
Reservas: (+34)913302800
O CARNAVAL DOS HOMOFÓBICOS
Joana Amaral Dias
domingo, 4 de março de 2007
DANÇA DA LUA
Ainda meio aluado lembrei-me desta velha canção:
Quando eu olhei para o céu
Só vi a primeira estrela
Que cintilou no olhar
Da minha companheira
Dentro da escuridão
Procuro a noite inteira
Onde você está
Ó lua feiticeira
Lunera ó luna lunera
Luna
Lua feiticeira
Ai de quem de mim te escondeu
Lua luar
Lua luar
Dona sol
Renasce e vem dançar
Era tamanho o breu
Nem dava pra ver a estrada
Quando eu peguei na mão
Da minha namorada
Tiro do meu chapéu
Por conta da minha sina
Teu luminoso véu
Ó lua dançarina
Eugénia Melo e Castro & Ney Matogrosso
LUA
sexta-feira, 2 de março de 2007
QUERO-TE HOJE...
pela janela mal fechada
entra já a luz do dia
morre a sombra
desejada
duma esperança fugidia
foi uma noite sem sono
entre saliva e suor
com um travo
de abandono
e gosto a outro sabor
dizes-me até amanhã
que tem de ser
que te vais
só que amanhã
sabes bem
é sempre longe demais
dizes-me até amanhã
que tem de ser
que te vais
só que amanhã
sabes bem
é sempre longe demais
pela janela mal fechada
chega a hora do cansaço
vai-se o tempo
desfiando
em anéis de fumo baço
acendo mais um cigarro
invento mil ideais
porque amanhã
sei-o bem
é sempre longe demais
dizes-me até amanhã
que tem de ser
que te vais
só que amanhã
sabes bem
é sempre longe demais
acendo mais um cigarro
invento mil ideais
porque amanhã
sei-o bem
é sempre longe demais
dizes-me até amanhã
que tem de ser
que te vais
só que amanhã
sabes bem
é sempre longe demais
acendo mais um cigarro
invento mil ideais
porque amanhã
sei-o bem
é sempre longe demais
dizes-me até amanhã
que tem de ser
que te vais
só que amanhã
sabes bem
é sempre longe demais
acendo mais um cigarro
Rádio Macau