SOLANGE DU HIER BIST do alemão Stefan Westerwelle foi o grande vencedor do Queer Lisboa deste ano. Não era o meu filme preferido mas julgo que o prémio foi mais que merecido.
"Solange" é um filme triste mas muito belo sobre um idoso que no desepero da solidão se apaixona por Sebastian, um jovem e belíssimo prostituto. Georg vai-se entretendo com as histórias mirabolantes do rapaz, apesar de duvidar da sua veracidade, o idoso vai-se encantando cada vez mais com estas histórias.
Um dia a esperança acende o coração de George quando Sebastian, em vésperas do seu aniversário, pede para ficar lá em casa.
"Estrellas de la Línea" de Chema Rodríguez foi eleito o Melhor Documentário do festival. Apesar de não ser um filme de temática GLBT, parece ser um documentário bastante interessante sobre um grupo de prostitutas da Guatemala que, para chamar a atenção para os seus problemas, resolvem criar uma equipa de futebol feminino.
O Prémio do Público para a Melhor Curta-metragem foi para o filme "Singularidades" do brasileiro Luciano Coelho.
Foi ainda atribuido pelo juri uma menção especial para a actriz brasileira Carla Ribas pela sua notável interpretação no filme "A Casa de Alice" do realizador Chico Teixeira.
Por fim não podia deixar de mencionar o meu filme preferido de todo o festival:
"The Blossoming of Maximo Oliveros" de Aureaus Solito. Um filme filipino, que passou fora de competição.
Maxi Oliveros é um garoto de 12 anos, efeminado, que vive num bairro de lata de Manila com a sua família constituida pelo pai e dois irmãos. Enquanto o pai e os irmãos se dedicam a várias actividades ilícitas, o jovem Maxi, fica por casa tratando das tarefas domésticas, a que se dedica com bastante devoção e competencia.
Um dia aparece um novo polícia no bairro que desenvolve uma grande amizade com o pequeno. Para Maxi, a amizade cedo se transforma numa forte paixão. Na sua inocência, o pequeno não percebe que o seu amor por um polícia vai pôr em risco a sua própria família.
"The Blossoming of Maximo Oliveros" é um tocante filme sobre uma criança à descoberta do amor.
Na minha apreciação final, o 11º Queer lisboa foi bem positivo. Falhei alguns filmes que gostaria de ter visto como "Bubble" de Eytan Fox ou Keillers Park de Susanna Edwards, não vi os documentários e apenas assisti a uma sessão de curtas, bem fraquinha devo dizer. Mas era era impossível ver tudo, ainda assim foi uma semana cheia de noitadas, com o trabalho à espera na manhã seguinte.
Já agora acabo com uma pequena bichísse: No último dia do festival andava por ali o realizador e actor Lionel Baier, enquanto o seu filme, "Comme des Vouleurs", era projectado na sala ao lado. Pude comprovar ao vivo a idéia com que fiquei no filme; parece que o rapazito até que nem é mau de todo ;)
Bem para o ano há mais e já aí está á porta a Oitava Mostra do cinema Francês. Realmente não há descanso para um pobre cinéfilo.
6 comentários:
Que raiva e inveja de todos vós! Será que no Porto não há paneleiros suficientes para fazer uma coisa do estilo Queer Porto?... ;-)
Abraço, amigo,
Pois é meu amigo, são assim as coisas, coisas os paneleiros de Lisboa têm mais sorte. Mas por aí também há um Fantasporto e a exposição do Dali que me vai fazer ir até aí.
Um abraço.
Avisa caso queiras (vê o e-mail no meu perfil) e faremos por nos encontrarmos. Quanto ao Fantas e ao Queer, achas que um substitui o outro? É claro que me vais responder que não! Abc,
Amigo P.
As tuas opiniões são muito coincidentes com as minhas, salvo os filmes que cada um de nós não viu.
Também vi e cumprimentei o Lionel Baier, pelo seu magnífico "Comme des voleurs".
Abraço.
Olá meu caro Luís, eu depois aviso, será um prazer. Claro que adivinhaste a minha resposta, um não substitui o outro.
Um abraço.
Pinguim, meu amigo eu reparei que as nossas opiniões coincidiram. Também gostei muito do "Comme des Vouleurs" foi o primeiro filme que eu vi e acho que foi o meu favorito na secção competitiva.
Um abraço
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