Li hoje no Público uma notícia que me tocou um pouco. Era sobre John Amaechi, um jogador da NBA, que recentemente se assumiu como homossexual e, que deixa na sua polémica auto-biografia, acusações fortes de homofobia no mundo do basquete americano. Facto que, aliás, não é novidade nenhuma.
No seu livro, o jogador refere-se ao desafio de ser homossexual num mundo assumidamente heterossexual. Descreve a linguagem anti-gay e atitudes passadas nos balneários. Como eu o compreendo.Curioso, estive a ler as reacções dos antigos colegas e é espantoso, é tal e qual a de muita gente que eu conheço: "Não me importo, desde que não se atire para cima de mim." Será que a insegurança heterossexual é assim tão grande que pensam que, lá por alguém ser gay está sempre disposto "a saltar para cima" de tudo o que é homem? Este é daqueles estereótipos que mais me irritam. É isso e perguntarem "Quem é que faz de mulher?", esta dá-me vontade de rir, LOL!
Esera Tuaolo, antigo jogador de Futebol Americano, também homossexual comentou: "Viver com todo esse stress e depressão e ter que estar fechado, quando finalmente vens cá para fora e consegues libertar-te é como sair de uma prisão." Como eu o compreendo.
Eu deixo a pergunta no ar: Quantos atletas não haverá no nosso país a passar pelo mesmo? Quantos jogadores de futebol, ídolos dessa turba louca e preconceituosa que constitui o mundo do desporto, não haverá por aí escondidos dentro de um armário?. Conheço alguns homens que, se soubessem a orientação sexual de muitos dos seus ídolos, de certeza os passariam a desprezar ao invés de os idolatrar.
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