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quarta-feira, 23 de abril de 2008

DESAFIO LITERÁRIO


A Memory lançou-me um desafio que consiste em eleger 5 escritores ou livros da minha preferência e um livro ou escritor que deixaria apodrecer na prateleira. Decidi aproveitar o facto de hoje se assinalar o Dia Mundial do Livro para responder a este repto literário.

Estes desafios não são fáceis pois há tanto por onde escolher. Claro que nesta lista não estão todos os meus favoritos apenas aqueles que por um motivo ou por outro estão a mexer ou já mexeram comigo.

Quem conhece os meus blogues já deve ter reparado na importância que a poesia tem para mim. Podia mencionar aqui dezenas e dezenas de poetas que eu gosto mas vou apenas referir um:
António Botto, porque sempre me senti tocado pelas suas "Canções", pela sensibilidade, sensualidade e amor homoerótico.

Eça de Queiroz, porque é omeu escritor português favorito em prosa. Ainda em adolescente, numa fase de revolta anarquista contra o governo, sociedade e religião, deliciei-me com os pecados perversos de um padre chamado Amaro. Em seguida devorei prácticamente toda a obra dele, incluindo os tão odiados "Maias". O retrato e a sátira social, tornam-se por vezes um pouco assustadores ao percebermos que muitos dos piores vícios daquela altura ainda estão hoje tão actuais.

O Processo, Franz Kafka. Já o li há muitos anos, mas infelizmente o nosso mundo está constantemente a recordá-lo. Há tantos senhores K. a sentir as injustiças deste mundo.

Claro que a propósito do livro tinha que recordar o filme do grande Orson Welles.


Joaquim Pedro de Oliveira Martins. Um dos grandes nomes da famosa Geração de 70, escreveu, já muito perto do fim da sua vida, este livro sobre "Os Filhos de D. João I". O rei que iniciou a dinastia de Avis, é a personagem da História de Portugal que mais me fascina.

O casamento com D. Filipa de Lencastre, a glória de Ceuta, o desatre de Tânger e as intrigas que levaram à morte do Infante D. Pedro em Alfarrobeira. Tudo isto num simples livro sobre um dos períodos mais interesantes da nossa história.


Oscar Wilde, não precisa de apresentações, está nesta lista porque é um dos maiores vultos da literatura mundial e não foi há muito tempo que reli "O Retrato de Dorian Gray".

Na minha prateleira não apodrecem livros, porque se sei que não gosto, nem sequer entram cá em casa.
É o caso de todas essas pessoas que lançam livros só porque um dia apareceram na televisão ou nas revistas e se julgam famosos. Não preciso de os nomear os casos são conhecidos:
A amante do dirigente desportivo, que com dor de cotovelo, decide escrever um livro a contar os podres e os hábitos flatulentos do mesmo.
A tiazinha de Cascais que quase nasceu numa barraca mas tem a mania de escrever livros de etiqueta.
E essa tão amada escritora do "social light", que se julga um grande vulto da literatura, só porque vende tantos livros como o Tony Carreira vende discos.

sexta-feira, 28 de março de 2008

O SUICÍDIO DE VIRGINIA WOLF


"Recorro aos dias em que não bebi tanto como hoje para não merecer nada do que digo, presto homenagem ao meu instinto por aquilo que não faço, roer a corda do que me prende ao que quero ser, para que possa finalmente ser o que sou.

Será que quando o for... vou querer morrer?"


Virginia Wolf


28 de Março de 1941, a escritora Virginia Wolf suicida-se por afogamento no rio Ouse em Inglaterra.

Hemingway, Sylvia Plath, Mário de Sá-Carneiro, Florbela Espanca, Antero de Quental, Reinaldo Arenas, Camilo Castelo Branco, Chatterton, Emilio Salgari e Mishima são apenas alguns nomes de grandes escritores que cometeram suícidio.

Eu costumava dizer que suicídio é "morte de escritor", porquê?
Será que é a depressão que leva à escrita, ou a escrita que leva à depressão?