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terça-feira, 9 de outubro de 2007

VAMOS À CHUECA?


A primeira vez que lá fui, foi após uma sessão do Queer Lisboa. Era dia de semana e o ambiente estava calmo. O que estranhei foi o facto de que, apesar do nome, a frequência era maioritáriamente heterossexual mas como não vou em preconceitos não me importei.
O local, apesar de pequeno, tem uma decoração agradável e dá para se poder desfrutar de uma boa conversa enquanto se comem uns amendoins empurrados por uma boa cervejinha.
Então um abraço a todos e um dia vemo-nos na Chueca ou então no Maria Lisboa quando eu voltar a ter um fim-de-semana de folga.
Se alguém vir estas t-shirts à venda digam-me onde é que eu compro.
Por muitas Chuecas que haja em Lisboa, ninguém me tira as saudades da verdadeira Chueca, a de Madrid. Como diria o outro: "Já fui tão feliz na Chueca"

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

LISBOA ENTRE AS 5 CIDADES ALTERNATIVAS PARA O TURISMO GAY


Londres, Barcelona, S. Francisco ou Nova Iorque são daquelas cidades imprescíndiveis em qualquer roteiro gay. E entre as menos conhecidas quais serão as melhores?

O 365 Gay escolheu as 5 melhores cidades e adivinhem quem está no top5?
Pois, a nossa Lisboa. Eu ainda nem consigo acreditar mas se eles acham que é assim...

«Lisbon, PortugalOne of the last cities in Europe to not be overly commercialized (you won't find a Starbucks or a single Pret-A-Manger), Lisbon retains an air of heritage and tradition amiss in other parts of the Iberian peninsula. Just like its neighbors, Lisbon offers sublime beaches, quiet cobblestone streets, great cuisine and modern hotels, but its the nightlife that's becoming iconic.

Though the gay scene in Lisbon is quite small, its quietly blossoming. Rule of thumb: dinner at 10pm, drinks at midnight, clubs at 2am, and the main club (Lux, Av. Infante D. Henrique, Armazem A, Lisbon) luxfragil.com/) at 4am... Glam-trashy Finalmente (Rua da Palmeira, 38, Bairro Alto, Lisbon) is a favorite for locals and visitors alike, and campy drag shows and hot Portuguese go-gos fuel the night for good-ol' gay times.»

Se este título pode parecer lisongeador ainda há muito a fazer. Eu já fiz uma ronda por alguns locais gay da cidade e encontrei boa gastronomia, bons bares e discotecas e até mesmo um festival de cinema gay e lésbico que, muito sinceramente, não sei como conseguiu sobreviver até hoje.
Lisboa tem também várias saunas, estive à porta de todas e nenhuma me inspirou confiança, em Madrid, pelo contrário, nem sequer hesitei. Não seria bom investir melhor na higiéne e segurança desses lugares?

Por fim para quando uma boa livraria especializada em literatura GLBT? Porque não uma coisa estilo Berkana em Lisboa? Será que não teria sucesso?

Não estou a desejar que Lisboa se transforme na S. Francisco da Europa, mas apenas que se torne mais acolhedora para todos os gays que cá moram e para os que nos visitam.
É só esperar que algum autarca iluminado descubra que o turismo gay pode ser bem rentável.

quarta-feira, 20 de junho de 2007

GAYLERIA EM SANTA CATARINA




A bandeira do orgulho gay (arco-íris) à entrada não engana. Nem as fitas vermelhas à porta ou o foco – vermelho também – apontado à bica de Santa Catarina, em Lisboa, mesmo em frente. Podia ser um simples bar gay, mas é mais do que isso: ‘O Bico’ é a primeira gayleria a abrir em Portugal. Sim, leu bem: GAYleria.Lá dentro, os quadros expostos em originais cordas de aço presas por porcas que se enrolam nas canalizações mostram homens... com homens. Corpos nus, sexo entre iguais. As mesas, cadeiras e portas – e puffs – têm formas explícitas... de falos.

‘Didi’, nome artístico de Eduardo Henrique, é o pintor de ‘serviço’ e as pinceladas fazem-se ao vivo. “Nunca mostrei os meus quadros, agora faço-o enquanto recebo as pessoas”, conta o proprietário de 39 anos. O sócio é heterossexual. Como grande parte da frequência do bar galeria, aberto há duas semanas. “O público é gay, hetero e até vêm aqui mais mulheres e nem todas são lésbicas.”

Para se dedicar ao espaço, Eduardo deixou temporariamente a carreira de produtor de espectáculos. “Queria um local que tivesse a ver comigo e ‘O Bico’ tem”, explica este homossexual assumido “desde os 14 anos, sempre com o apoio da família”, ele que é neto de um actor (Henrique Santos) e que desde cedo convive no meio artístico.

Já fez figurinos – para a discoteca Swing (Porto), para o teatro O Bando, Teresa Salgueiro e Filipa Pais, entre outros – produção de espectáculos e, em Setembro, volta a dar aulas (na ETIC). Mas este “era um sonho antigo para os meus últimos anos: um bar galeria, à beira da praia”, conta Eduardo. “Por que não agora?”.

Com um investimento de 50 mil euros, ‘O Bico’ (que funciona das 17h00 às 02h00) transformou-se na ‘sala de estar’ de ‘Didi’, bem no meio de um bairro lisboeta, o Alto de Santa Catarina. Serve bebidas exóticas – sangria de champanhe com morangos (Bico da Casa) – e mostra arte gay (ver caixa) ao estilo work in progress.

Além, de quadros – os de ‘Didi’, da exposição ‘Ho(t)mens’, custam entre 1500 e 2500 euros –, a programação de fim de tarde incluirá, futuramente, projecções, fotografia, poesia e música. A temática, claro, tem cariz (homos)sexual: “Entre homens, porque a arte lésbica também se mostra em galerias normais”, sublinha o mentor da galeria.

Jorge Palma, na noite de inauguração, passou por lá e agarrou-se ao piano. “Foi uma participação espontânea”, lembra Eduardo Henrique.

Em breve, além de mostras em intercâmbio com duas congéneres europeias (Colónia e Londres) e da participação no Arraial Pride da Praça do Comércio (dia 23, o da Marcha do Orgulho LGBT), haverá “sessões de bodypainting em nus”, em homens, claro, talvez já no dia 29, na primeira grande festa.

ARTE COM CARIZ HOMOSSEXUAL

Arte gay? A arte tem sexo? “Não, a arte não tem sexo, mas a arte figurativa tem. Pode ser interpretada de forma heterossexual, mas a conotação é sempre sexual e mostra a relação entre dois homens”, explica Eduardo Henrique, sublinhando o conceito “nascido nos anos 80”. Para mais, “os gays têm mais dinheiro porque não gastam com a família e querem arte diferente”. N’O Bico têm.

Sofia Canelas de Castro

Parece uma boa sugestão para beber um copo.

Noticia: Correio da Manhã via Portugal Gay