sábado, 30 de dezembro de 2006

2006, O ANO EM QUE HOLLYWOOD SAIU DO ARMÁRIO

Estamos em fim de ano e eu sei que já não há pachorra para as habituais revisões do ano. Ainda assim vou hoje falar de um dos meus temas favoritos, o cinema.
O ano de 2006 vai ficar marcado como o ano em que a indústria do cinema saiu do armário. Antigamente o tema era sempre abordado com muito cuidado pois o o Código Hays não permitia cenas de sexo explícitas e mesmo os beijos mais fogosos quanto mais histórias sobre homossexuais. Nos filmes antigos sempre que era preciso um assassino ou um psicopata lá inventavam um gay estereotipado que vinha vestido de mulher ou com bigode e fato de cabedal.

Ang Lee chegou e destruiu por completo o mito do cowboy americano; simbolo máximo de virilidade. Só isto bastava para eleger BROKEBACK MOUNTAIN como filme do ano mas houve mais:

CAPOTE de Bennett Miller e INFAME de Douglas McGrath, dois filmes biográficos de um dos grandes escritores americanos, Truman Capote.



BREAKFAST ON PLUTO - Travestismo e Glam-Rock nos anos 70 pelo mestre Neil Jordan.

LE TEMPS QUI REST - François Ozon com os últimos dias de um fotógrafo gay que está a morrer de cancro.
TRANSAMERICA - De Duncan Tucker, é uma deliciosa comédia sobre um transexual que descobre de repente que tinha um filho, fruto de um "descuido" da juventude. Decide então adiar a operação de mudança de sexo para partir à procura do misterioso filho.


Temos também o misterioso Capitão Jack Sparrow, um pirata com uma com uma sexualidade muito duvidosa em
PIRATAS DAS CARAÍBAS II - O COFRE DO HOMEM MORTO
Parece que não mas muito se tem discutido sobre a identidade sexual da personagem de Johnie Deep
CASINO ROYALE

E finalmente, mais um mito que cai por terra. Neste filme em vez da belíssima Ursulla Andress a sair do mar com a faca a na anca, temos um Daniel Craig, versão musculada, saindo das cálidas águas das Bahamas. Este é o primeiro filme em que podemos ver um 007 completamente nú, sendo torturado numa cena digna de qualquer filme S&M

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